Lançamento de foguete sul-coreana no Centro Espacial de Alcântara é adiado de domingo para segunda-feira

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É o início da parceria público-privada entre Brasil e Coreia

O lançamento de um foguete na base do Centro de Lançamento de Alcântara, no litoral do Maranhão, marca o início da parceria público-privada para lançamentos de pequenos satélites entre o governo federal e a startup aeroespacial da Coreia do Sul. O lançamento do primeiro foguete produzido pela empresa sul-coreana Innospace deveria ocorrer neste domingo (18), mas foi adiado.

A Agência Espacial Brasileira (AEB) havia informado que o veículo decolaria entre esta sexta-feira (16) e a próxima quarta-feira (21), a depender das condições climáticas. No Twitter da Innospace, no entanto, já existe uma data definida: segunda-feira (19), às 06h da manhã (pelo horário de Brasília).

Segundo a publicação da empresa, não será possível fazer a transmissão ao vivo do lançamento devido a restrições de acesso à rede da base militar

O foguete HANBIT-TLV, que não é tripulado e tem tecnologia de motor não tóxico e não explosivo, produzido pela Innospace, é um pequeno lançador de satélites. Será o primeiro voo teste do equipamento, produzido na Coreia do Sul.

Durante o lançamento, batizado de Operação Astrolábio, o foguete vai usar propulsores à base de oxigênio líquido e parafina. Seu sistema patenteado de alimentação de bomba elétrica vai levar como carga útil um Sistema de Navegação Inercial, desenvolvido por profissionais civis e militares do Instituto de Aeronáutica e Espaço do Brasil.

O voo previsto “é de teste” para verificar o desempenho do motor do HANBIT-TLV. O foguete não vai ultrapassar 100 quilômetros de altitude, não entrando em órbita, ou seja, ficará na categoria suborbital.

O contrato firmado entre os sul-coreanos e o governo brasileiro em 2022 tem duração de cinco anos e prevê que a partir do ano que vem outros foguetes possam ser lançados de Alcântara.

O Centro de Lançamento do município maranhense é considerado estratégico no mercado espacial por causa de sua proximidade, de apenas 17 minutos, em relação à Linha do Equador, fazendo com que os voos partindo de lá cheguem mais rápido ao espaço, resultando em economia de combustível, um dos principais gastos para a operação.

Texto atualizado às 20:30 desta sexta-feira (16).

(Com informações da Agência Brasil)

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