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A Comissão de Direitos Humanos da OAB condenou o uso dos “gaiolões” como celas e a permanência indevida de presos em delegacias de polícia do Maranhão. A Ordem considera a morte do comerciante Francisco Edinei, que ficou preso por quase dezoito horas numa cela ao ar livre na delegacia de Barra do Corda, na região central do estado, como um fato gravíssimo.
De acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Rafael Silva, a prática fere a Lei de Execução Penal e a Constituição Federal, que estabelece que uma cela deve ter condições mínimas para encarceramento. “Se pessoas ficaram encarceradas naquele gaiolão isso ofende até a Lei de Proteção a Animais. Não tem qualquer possibilidade de uma ação regular do estado encarcerar pessoas numa jaula. Isso ofende a dignidade da pessoa humana de qualquer pessoa. Nenhuma pessoa poderia ficar encarcerada num local daquele. Então isso precisa ser efetivamente apurado e se esse gaiolão tiver sendo utilizado para essa finalidade ele precisa ser imediatamente desativado”, disse ele.
![Cela para presos provisórios, em Barra do Corda (Foto: Divulgação / Defensoria Pública) Cela para presos provisórios, em Barra do Corda (Foto: Divulgação / Defensoria Pública)](https://s2.glbimg.com/ypTLEXf23TDaNeNRyXViuG8FKGI=/0x0:716x410/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/t/g/waliZVSFupQb2IFQwNbA/delegacia-gaiola.jpg)