Flávio Dino diz que bancos públicos ajudaram a desenvolver o país

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Ao participar, nesta segunda-feira (14) à noite do Diálogos Capitais, realizado no Convento das Mercês, em São Luís, pela revista CartaCapital e a Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) para debater o tema “Bancos Públicos sob Ataque: desafios, riscos e perspectivas”., o governador Flávio Dino defendeu a manutenção de bancos públicos. Segundo ele, o desenvolvimento do Brasil sempre foi garantido por essas instituições financeiras.

Flávio Dino disse que essa é uma questão essencial para o desenvolvimento do país. “Tenho defendido, há alguns anos, que o Brasil só vai conseguir incluir no desenvolvimento largas parcelas do nosso povo, e isso se refere também ao nosso estado, na medida em que tivermos esses bancos públicos abertos, acessíveis, indutores de desenvolvimento e que financiem programas sociais, a exemplo do Minha Casa Minha Vida e a agricultura familiar”, disse.

O governador lamentou ainda a ausência de serviços bancários nos municípios mais pobres, onde há maior contingente de beneficiários de programas sociais, pois ajudam a desenvolver mais a economia de cidades vizinhas do que as suas, pois quando o beneficiário vai até ao local mais próximo para receber o que tem direito, seja num banco ou na casa lotérica, deixa parte do seu dinheiro no comércio local.

Questionado porque não pressiona o Banco do Brasil, o único a fazer pagamento do funcionalismo e receber pagamentos por outros serviços, a abrir mais agências no interior a título de compensação por esta exclusividade, disse que o dinheiro público significa tão pouco que não encontrou nenhuma instituição financeira interessada em explorar o serviço, daí porque apelou para o BB continuar atendendo o funcionalismo.

O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, destacou o papel desempenhado por essas instituições. “Hoje a Caixa, no mercado brasileiro, é responsável por 70% de todo financiamento habitacional. Aqui no Maranhão, esse total vai para 85%; o Banco do Brasil faz mais 15% e o BNB faz outra parcela”, exemplificou. “Por isso, estamos trazendo essa discussão para a sociedade. Quem vai financiar a habitação, arrumar recursos para o saneamento, para o desenvolvimento da cidade, para melhorar a vida das pessoas?”, questionou.

Também participaram do Diálogos Capitais como debatedores o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão (Sinduscon-MA), Fábio Nahuz; e a professora do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (CEFET-RJ), Elika Takimoto. O encontro foi mediado pela jornalista e gestora de políticas públicas Luciana Soares.

Fábio Nahuz falou da preocupação do mercado. “A gente está sempre alerta a essas movimentações, porque esses bancos, principalmente a Caixa Econômica, é um grande fomentador da nossa indústria, a da construção civil, que é a mais forte do Maranhão. Por isso, consideramos de extrema importância a permanência e o fomento desses bancos principalmente em nosso estado”, frisou.

O Diálogos Capitais na capital maranhense foi a primeira edição realizada em 2019. No ano passado, o debate passou por São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Teresina (PI), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Natal (RN).

 

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