Governadores do Nordeste oficializam consórcio e buscam parcerias

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Sete governadores e dois vice dos estados que compõem o Consórcio dos Estados do Nordeste aprovaram nesta segunda-feira (29), em Salvador (BA), uma série de ações conjuntas com foco no desenvolvimento econômico da região e do país.  O encontro, o primeiro após a oficialização do bloco, e também foi a primeira reunião entre os governadores após a polêmica frase do presidente Jair Bolsonaro criticando os nordestinos.

Para Flávio Dino (PCdoB), o encontro foi vitorioso e produtivo. Segundo ele, os governadores estão reivindicando a aprovação de uma pauta federativa, “com o respeito aos direitos dos Estados, e a liberação dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, como a lei determina”.

Entre outros projetos discutidos estão uma Central de Compras para a realização de licitações conjuntas entre os Estados nordestinos, a criação de um programa de formação de médicos que supra as necessidades deixadas pelas mudanças do programa Mais Médicos pelo governo federal, a aprovação de um planejamento estratégico para os próximos 12 meses, além da organização de viagens internacionais que serão feitas pelo grupo.

Segundo o governador da Bahia, Rui Costa, que preside o consórcio, a formação de um modelo de compras coletivas vai baratear custos nos estados. “Como primeiro governador a presidir o Consórcio Nordeste estou bastante otimista”, afirmou. Rui Costa disse que numa compra para escala de 55 milhões de habitantes deve trazer economia grande para cada estado e estimula a participação de fornecedores internacionais em licitações.

Governadores lançam Consórcio Nordeste em Salvador

Ainda de acordo com o governador da Bahia, já estão definidas visitas internacionais dos governadores, em novembro, à Alemanha, Itália, Espanha e França, com o objetivo de fazer negócios com investidores em torno de obras e do turismo regional. Em seguida, ainda sem data definida também estarão na agenda viagens à Ásia, passando por China, pelas Coreias e pela Rússia.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), diz que o dever deles é trabalhar para garantir direitos, com solidariedade e senso de justiça, sem perseguições ou retaliações. “Só assim estaremos à altura da grandeza do Brasil e do nosso povo”, afirmou.

“Os governadores representam, acima de tudo, a voz desse povo que exige respeito do governo federal, que, a partir de suas demandas apresentadas, quer solução para isso. E isso nós vamos buscar. A relação republicana, independente de quem esteja sentado na cadeira de presidente, ela tem que estar acima de qualquer outro tipo de relação”, defendeu o governador da Paraíba, João Azevedo (PSB).

(Com informações do Portal Vermelho e Diário do Nordeste)

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