Governo do Maranhão dá “sete” justificativas para explicar ação da Polícia Federal

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AQUILES EMIR

O Governo do Estado, por meio de nota distribuída pela Secretaria de Comunicação e Articulação Política (Secap), emitiu nota na manhã desta quinta-feira (16) sobre a operação da Polícia Federal que desvendou um novo esquema para desvio de recursos na Secretaria da Saúde. A exemplo das explicações anteriores para esse tipo de caso, o Governo lembra que o atual modelo de gestão foi implantado na gestão anterior, ou seja, passados três anos da nova foi mantido.

De acordo com a nota, apenas um servidor da SES está entre os presos e este será afastado imediatamente. O Estado diz que desconhece contratação de sorveteria para prestar serviço de saúde e se isto ocorreu foi por conta de terceirizadas.

Eis o teor da nota com as sete explicações do Governo:

Sobre a nova fase de investigação da Polícia Federal, deflagrada nesta quinta-feira (16), no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o Governo do Maranhão declara que:

  1.  Os fatos têm origem no modelo anterior de prestação de serviços de saúde, todo baseado na contratação de entidades privadas, com natureza jurídica de Organizações Sociais, vigente desde governos passados.
  2. Desde o início da atual gestão, tem sido adotadas medidas corretivas em relação a esse modelo. Citamos:a) instalação da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), ente público que atualmente gerencia o maior número de unidades de saúde, reduzindo a participação de Organizações Sociais.
    b) determinação e realização de processos seletivos públicos para contratação de empregados por parte das Organizações Sociais.
    c) aprovação de lei com quadro efetivo da EMSERH, visando à realização de concurso público.
    d) organização de quadro de auditores em Saúde, com processo seletivo público em andamento, visando aprimorar controles preventivos.
  3.  Desconhecemos a existência de pessoas contratadas por Organizações Sociais que não trabalhavam em hospitais e somos totalmente contrários a essa prática, caso realmente existente.
  4. Todos os demais fatos, supostamente ocorridos no âmbito das entidades privadas classificadas como Organizações Sociais, e que agora chegam ao nosso conhecimento, serão apurados administrativamente com medidas judiciais e extra judiciais cabíveis aos que deram prejuízo ao erário.
  5. A SES não contratou empresa médica que teria sido sorveteria. Tal contratação, se existente, ocorreu no âmbito de entidade privada.
  6. Apenas um servidor, citado no processo, está atualmente no quadro da Secretaria e será exonerado imediatamente.   Todos os demais já haviam sido exonerados.
  7. A atual gestão da Secretaria de Estado da Saúde está totalmente à disposição para ajudar no total esclarecimento dos fatos.