Governo não cumpre acordo com pecuaristas e Expoema está ameaçada de não ser realizada

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AQUILES EMIR

Anunciado em junho passado, o repasse de R$ 1,3 milhão a título de patrocínio do Governo do Estado para realização da 60ª Exposição Agropecuária do Maranhão (Expoema) – “a maior da história”, segundo o governador Flávio Dino – ainda não foi foi depositado na conta da Associação dos Criadores do Maranhão (Ascem) e o atraso fez acender um sinal amarelo, pois já é admitida a possibilidade até de não mais se realizar o evento, caso o dinheiro não chegue nos próximos dez dias, pois falta pouco mais de um mês para a data de abertura e até agora quase nada foi feito no Parque Independência por causa do não cumprimento do acordo.

Pelo acordado entre a Ascem e a Secretaria de Agricultura, a Expoema será realizada de 14 a 21 de outubro, mas até agora não foram comercializados estandes, não foi definida a programação técnica e artística, não foram preparadas as peças publicitárias etc, já que criou-se um clima de incerteza, com o não repasse do patrocínio estatal, o que contribui mais ainda para que potenciais expositores evitem antecipar reserva de espaço, pois ninguém mais consegue dar garantias da montagem da exposição.

De acordo com um diretor da Ascem, que pediu para preservar a fonte, há cerca de duas semanas a Prefeitura Municipal sinalizou que iria mandar fazer a limpeza do parque, mas nem isto foi cumprido, o que obrigou a própria Ascem mandar fazer os serviços com recursos próprios para quando viesse a parte de reparo dos prédios destruídos pelo abandono provocado pelo Governo do Estado esta etapa estivesse vencida, mas até agora não foi possível deixar o parque em condições mínimas para montagem da exposição.

O grande problema é que estando o parque em estado de depredação torna-se difícil vender estandes e oferecer garantias aos expositores de que realmente o evento será realizado. Para complicar, além da recuperação dos prédios que tiveram portas, janelas e telhados roubados, ainda falta fazer reparos na rede de energia elétrica, no sistema de abastecimento de água e uma série de outras providências, como reforço dos muros, para que haja o mínimo de segurança a quem for expor animais, veículos e outros produtos durante a exposição.

Preocupados com a possibilidade de a exposição não ser realizada, alguns diretores chegaram a sugerir que a entidade bancasse a recuperação total do Parque Independência, porém outros foram contra, pois acham que é um risco a entidade botar seu dinheiro nesta empreitada e nunca receber o prometido pelo Governo do Estado ou então receber com atraso tão logo que a depreciação monetária debilite o caixa da instituição.

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