Haddad fica em segundo lugar na pesquisa em que surge como candidato do ex-presidente Lula

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Bolsonaro lidera cenários sem apresentação do nome de Lula

AQUILES EMIR

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) aparece em segundo lugar, com 13% das intenções de voto para presidente da República, quando aparece como o candidato apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na pesquisa do Ipespe, encomendada pela XP Investimentos, divulgada nesta sexta-feira (10). Este foi o primeiro levantamento do instituto após as definições das candidaturas nas convenções partidárias.

De acordo com o levantamento, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) liderança nos cenários em que não é apresentado o nome do ex-presidente Lula, que está preso em Curitiba (PR), condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e deve ser impedido de participar da disputa em função da Lei da Ficha Limpa, que proíbe candidaturas de condenados em segunda instância.

A pesquisa foi feita por telefone, entre os dias 6 e 8 de agosto, e ouviu 1.000 entrevistados em todas as regiões do país. A margem de erro é de 3,2 pontos para mais ou para menos. Ela está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o código BR-08988/2018.

Liderança – De acordo com os dados, Bolsonaro lidera a corrida presidencial nas menções espontâneas em que nomes de candidatos não são apresentados. Ele é mencionado por 17% dos entrevistados, tecnicamente empatado com Lula (15%).

Os ex-governadores de São Paulo e do Ceará, Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT), têm 3% cada; o senador Álvaro Dias (Podemos), 2%. Brancos, nulos e indecisos somam 58%.

Na consulta estimulada, com o nome de Lula, o petista lidera com 31%, melhor desempenho desde a primeira pesquisa XP/Ipespe, divulgada em 15 de maio, mas Lula é também o campeão de rejeição com 60% dos entrevistados afirmando que não votariam nele em hipótese alguma (leia no blog Conversa Franca). Com este desempenho, ele tem 12 pontos percentuais a mais que Bolsonaro, segundo colocado com 19%. Tecnicamente empatados estão Geraldo Alckmin (PSDB), com 9%; Marina Silva (Rede), com 8%; Ciro Gomes (PDT), com 6%; e Álvaro Dias (Podemos), com 5%. Não votariam ou votariam em branco 17%.

Embora inelegível, Lula mostra que tem potencial para transferir votos ao seu possível substituto. O ex-prefeito paulistano Fernando Haddad, quando apresentado ao eleitor como candidato do PT tem 3%, mas pula para 13%, quando apresentado como apoiado pelo ex-presidente. Haddad continua desconhecido para 26% dos eleitores.

Segundo turno

O Ipesp testou sete cenários para o segundo turno:

  • Numa disputa entre Alckmin e Haddad, o tucano venceria por 36% a 25%, com 41% de brancos, nulos e indecisos.
  • Na simulação entre Lula e Bolsonaro, o petista aparece à frente, com 41% contra 32% do parlamentar do PSL
  • Num confronto entre Bolsonaro e Alckmin os dois aparecem empatados com 33%
  • Em eventual disputa entre Marina Silva e Bolsonaro, a candidata da Rede venceria por 38% a 32%.
  • Se houver uma disputa entre Alckmin e Ciro, o tucano vence por 33% a 28%.
  • Se Bolsonaro e Ciro se enfrentassem no segundo turno, o candidato do PSL venceria por 32% a 30%.
  • Se Jair Bolsonaro enfrentasse Haddad, venceria por 37% a 29%.

(Com dados do Infomoney)

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