Haddad espera de Ciro pelo menos um telefonema após “apoio crítico”

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Ao participar nesta segunda-feira (22) do programa Roda Viva, na TV Cultura, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, disse que espera uma manifestação pessoal, ainda que seja por telefone, de Ciro Gomes (PDT), antes da eleição deste domingo (28). O ex-candidato pedetista, depois de declarar “apoio crítico” ao petista, viajou para o exterior, frustrando os planos dos que imaginavam um maior engajamento na campanha de Haddad.

O candidato do PT fez duras críticas a seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), e chegou a dizer que ele ‘não tem cultura democrática’ e  ‘nunca administrou um boteco’, o que seriam motivos para não merecer o cargo mais importante da política brasileira.

Haddad disse que é falsa a associação feita por economista de queda do Dólar e aumento das ações na Bolsa com o crescimento das chances de eleição de Bolsonaro. Segundo ele, o mercado nem sempre age dentro da racionalidade. “Se eu dissesse há 1 mês que iria privatizar tudo, o dólar iria cair e Bolsa subir. […] Bolsonaro diz que vai vender todas as estatais criadas pelo PT. Eu criei uma, que gerencia 47 hospitais universitários. Você vai vender para quem? As universidades vão ter que alugar leito hospitalar para capacitar nossos médicos? […] Eu estou concorrendo com uma pessoa que nunca administrou 1 boteco”, afirmou.

O candidato voltou a pregar punição aos empresários que estariam impulsionando notícias falsas contra ele e sua vice, Manuel d´Ávila (PCdoB). “Se fôssemos naquelas 4 empresas e fizéssemos apreensão dos computados, com a ajuda do WhatsApp veríamos quem comprou isso. Poderíamos ter pedido prisão preventiva. Caixa 2 é mais grave que corrupção. […] Se fosse identificado 1 único contrato… 12 milhões de reais, a 4 centavos a mensagem, quantos brasileiros receberam mensagens caluniosas a respeito de mim e da minha vice?”

Para Haddad, é importante alertar a população sobre o risco que representa Bolsonaro: “Meu adversário é uma pessoa que cultua a tortura […] que falou que os nordestinos deveriam comer capim. Uma pessoa dessas não tem uma tradição que respeite a grande jornada de redemocratização. Eu sempre fui amante da democracia. O filho [de Bolsonaro] disse que fecharia o STF, com cabo e soldado, e sem demérito aos 2. Ontem, na avenida paulista, disse que iria eliminar os seus opositores, que deveriam escolher entre cadeira ou exílio”.

Sobre o aceno de Ciro, o candidato petista disse que Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado no primeiro turno, sabe que Bolsonaro é uma ameaça para o Brasil. “Espero que o Ciro dê um alô de onde ele estiver, porque é importante para o Brasil que ele se manifeste”.

Ele minimizou ainda as críticas por ter afastado Lula da campanha e trocar o vermelho do PT pelo verde e amarelo da bandeira brasileira. “Jamais vou negar minha filiação, meus apoios.  Eu sou constitucionalista, enquanto houve recurso, a pessoa não deve ser considerada culpada”.

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