Hildo Rocha diz que se for comparado, Flávio Dino perde para todos os antecessores

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AQUILES EMIR

Ao comentar a declaração do governador Flávio Dino (PCdoB), na entrevista concedida à TV Difusora, segunda-feira (22), de que gostaria de poder comparar na campanha eleitoral seus quatro anos com os 13 de Roseana Sarney (MDB), o deputado Hildo Rocha (MDB), que foi secretário das Cidades na gestão anterior e ex-presidente da Federação dos Municípios (Famem), quando prefeito de Cantanhede, desdenhou e disse que for comparar o governo atual com os anteriores Flávio Dino perde para todos.

Para ele, um adolescente que não havia nascido quando Roseana se elegeu pela primeira vez poderia até dizer que não lembra de suas realizações, mas qualquer pessoa com a idade do governador sabe que o Maranhão mudou muito desde 1995.

Hildo diz que como ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Flávio Dino deve sabe que até 2000, quando Roseana estava na metade do segundo mandato, chegar aos Lençóis Maranhenses era um tormento, pois a viagem teria de ser no lombo de animais, de avião, de barco ou por uma rodovia que passa em São Benedito do Rio Preto, por onde um percurso de 117 quilômetros se fazia em mais de meio dia.

“Os maranhenses nem sabiam o que era Lençóis Maranhenses, somente a partir do governo de Roseana ficou conhecido mundialmente e as viagens passaram a ser pelo asfalto, mas infelizmente ele (Flávio Dino) pouco ajudou a valorizar esse destino quando teve a oportunidade por estar à frente do órgão que promove o turismo brasileiro”, criticou, dizendo que este é apenas um exemplo para se começar a comparação.

O deputado diz que quando forem puxadas as estatísticas, sobre PIB, índice de pobreza, geração de emprego, movimentação no turismo, segurança pública etc, Flávio Dino vai passar constrangimento, pois a diferença é muito grande, mas se ele quiser debater somente obras, a derrota será ainda maior.

Somente na Ilha de São Luís, argumenta o deputado, Flávio Dino terá dificuldades de encontrar obras para comparar, por exemplo, com a duplicação da Avenida Guajajaras, duplicação da BR 135  do Aeroporto à Estiva (com a ressalva de que até o Distrito Industrial foi Epitácio Cafeteira que duplicou), reforma do Aeroporto Cunha Machado, avenidas Quarto Centenário e Via Expressa; elevados da casa do Trabalhador (Calhau), Cohama e Cohab-Anil; asfaltamento da estrada de Ribamar, via Olho d´Água; reforma do Estádio Castelão; urbanização da Lagoa da Jansen – “onde Flávio Dino fez uma praça antes era mangue”; Faculdade de Arquitetura no Centro Histórico; extensão da Avenida dos Holandeses até o Araçagi; Santuário de São José de Ribamar; urbanização do Parque Itapiracó, Espigão Costeiro da Ponta d´Areia e muitas outras.

Ainda de acordo com o parlamentar, se for de cidade em cidade, no interior do Estado, Flávio Dino sempre vai encontrar uma obra de Roseana, e “não se sabe se ele tem tantas  para mostrar”. Hildo deu mais um exemplo: quando prefeito de Cantanhede, a viagem era feita em estrada de barro e pontes de madeira, mas hoje vai-se no asfalto e pontes de concreto.

Comparações – Hildo Rocha lembra que outros governadores também fizeram muito mais que Flávio Dino. João Castelo, por exemplo, em apenas três anos, fez o Parque da Vila Palmeira, Italuís, Maiobão, Cidade Operária, Casa do Trabalhador, Fórum Sarney Costa, Complexo Esportivo do Outeiro da Cruz (Castelão, Castelinho, Parque Aquático e pistas de atletismo), criou o Bom Preço e a Universidade Estadual do Maranhão (Uema), que antes era Fesm, e por aí vão as suas realizações somente na capital.

Já Epitácio Cafeteira, recorda, fez o Reviver (que deu a São Luís o título de Patrimônio Cultural da Humanidade), Convento das Mercês, Aterro do Bacanga, Viaduto do Café, caixas d´água do Calhau e Outeiro da Cruz, Ceprama, duplicou a Avenida dos Holandeses da Ponta d´Areia ao Olho d´Água etc.

João Alberto, em menos de um ano de governo, construiu, em Bacabal, o estádio de futebol, aeroporto, a avenida que contorna a cidade e criou o campus da Uema. Em São Luís fez a Vala da Macaúba, acabou com os problemas de drenagem na Camboa, criou o Museu de Artes Sacras, reformou escolas e fez muitas outras obras, que somam mais de 500, em apenas 11 meses.

Edison Lobão, que governou três anos, deixou como marcas a Avenida que vai do Renascença ao Calhau, passando pelo quartel da Polícia Militar; criou a Escola Barjonas Lobão, construiu a avenida que vai do São Cristóvão ao Campus da Uema, reformou o Teatro Arthur Azevedo para os padrões que tem até hoje, urbanizou a Avenida Litorânea, duplicou a entrada de Imperatriz, inclusive com construção de elevado etc.

Ainda de acordo com Hildo Rocha, se Flávio Dino quiser comparar seu governo com o de José Reinaldo Tavares deve procurar obras para medir com o Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana; Elevado do Caratatíua; as estações de tratamento de esgoto; a Avenida Ferreira Gullar, do Jaracati à Ponta d´Areia, e muitas outras.

Ao citar essas obras, “todas elas de caráter estruturante e não pontuais”, o deputado diz que vai ser muito difícil o governador Flávio Dino sustentar um debate com esse tipo de comparação, por isto aconselha a buscar outro discurso, pois por esta via não ganha de ninguém. Segundo ele, as obras mais importantes do atual governo em São Luís são as praças da Lagoa da Jansen e a da Camboa, sob a Ponte Bandeira Tribuzzi. As demais foram apenas repintura, conclusão das que encontrou em andamento e mudança de nome dos programas criados pelos antecessores.

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