Imóveis de arquitetura colonial estão em obras, fruto de parceria entre a Vale e Governo do Estado

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Casarões históricos passam por restauro

A riqueza arquitetônica que conta parte representativa da história de São Luís vai ficar mais perceptível com a recuperação de quatro casarões no Centro Histórico: dois na Rua da Palma, um na Rua do Giz e outro na Rua Rio Branco. Fruto de um Acordo de Cooperação assinado entre Vale e Governo do Estado do Maranhão, as obras integram o Programa Nosso Centro. Três dos casarões estão passando por obras de restauro, que devem ser concluídas até dezembro deste ano, e o 4º tem previsão para início no segundo semestre de 2021.

As ações de revitalização dos casarões do Centro Histórico de São Luís, tombados como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, integram um dos eixos prioritários de atuação da Vale no Estado, o de Investimento Patrimonial. Ao todo, serão investidos pela Vale R$ 56,6 milhões nos eixos de Educação, Saúde, Segurança Pública e Patrimônio.

“Nosso objetivo é contribuir para melhoria da qualidade de vida da população nos Estados e municípios em que a empresa mantém atividades operacionais”, pontuou Luis Allevato, gerente executivo do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira da Vale

Um pouco de história – Um dos casarões que estão passando por reforma é o de nº 489, da Rua da Palma, bairro do Desterro, erguido entre o final do século XVIII e meados do século XIX. É um sobrado de característica colonial que, de acordo com Caderno de Recenseamento da Cidade de São Luís, foi registrado como propriedade do português Joaquim Pedro de Jesus, que era marinheiro. No casarão moravam Joaquim, sua esposa Josefina Rosa de Jesus (maranhense) e os seus quatro filhos: Mara Filomena, Ana Rosa, Antônio Pedro e José Pedro de Jesus, uma família de abundantes riquezas materiais, que atuava no comércio local.

Para revitalizar o imóvel, atualmente estão sendo realizadas obras de concretagem de sapatas e pilares, além da demolição de algumas paredes antigas que serão reestruturadas. Ao todo, estão sendo investidos cerca de R$ 3,2 milhões. A obra gerou cerca de 60 empregos formais e informais. A entrega está prevista para novembro deste ano.

Outro imóvel histórico que passa por melhorias é o de nº 476 da Rua do Giz. Ele tem características predominantemente da arquitetura portuguesa e é um típico sobrado colonial do século XVIII. Localizado em um dos espaços mais conhecidos para o comércio de mercadorias de luxo à época, pertencia na década de 70 a Rosa Luigi Lauleta, natural de Gênova (Itália), que desembarcou no país por meio do navio Navarre, pelo Porto de Santos, em 1882.

Os trabalhos no sobrado incluem a fundação do prédio e a limpeza para dar início à instalação da estrutura metálica da cobertura. As paredes de pedra e de blocos estão sendo recuperadas com técnicas de reboco. O imóvel está recebendo, ainda, serviços para garantir condições de segurança, conforto e acessibilidade.

“A recuperação física da edificação, além de resguardar a história e preservar o patrimônio,  é apenas um etapa do principal objetivo do programa, que é tornar o Centro um espaço cada vez mais democrático para moradores e visitantes de toda São Luís”, concluiu o coordenador do Programa Nosso Centro na Secid, Daniel Sombra.

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