Índia adia entrega de vacinas ao Brasil e início da imunização contra covid-19 não será quarta-feira

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Avião da Azul está em Recife e aguarda momento da decolagem para ir buscar vacinas na Índia

Bolsonaro diz que a quantidade importada do imunizante dá para atender apenas 1% da população

O plano de vacinação anunciado para começar quarta-feira (20) vai retardar. Nesta sexta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o avião preparado para trazer as vacinas contra a Covid-19 da Índia partirá somente daqui a “dois ou três dias, no máximo”. O governo havia dito que o avião decolaria nesta sexta, mas a Índia comunicou que não iria poder atender ao pedido brasileiro nestes dias.

Nesta sexta, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, confiando no cronograma traçado pelo Ministério da Saúde, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos) anunciou o seu plano municipal.

“Já temos tudo acertado para disponibilizar 2 milhões de doses. Hoje está começando a vacinação na Índia, então resolveu-se atrasar em um ou dois dias até que o povo lá comece a ser vacinado. Daqui a dois, três dias no máximo o nosso avião vai partir e vai trazer esses dois milhões de doses para cá”, disse Bolsonaro em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes.

Bolsonaro disse que é bom destacar que a quantidade importada do imunizante dá para atender apenas 1% da população. “Agora que fique claro, nós somos 200 milhões de habitantes, 2 milhões equivale a 1% aproximadamente, é muito pouco, e não tem disponibilizado no mercado. Vamos tentar fazer junto ao Butantan a nossa vacina aqui”, declarou.

A mudança de data do voo fretado pelo Ministério da Saúde para buscar 2 milhões de doses da vacina de Oxford na Índia foi definida após um pedido do governo indiano.  De acordo com a pasta do ministro Eduardo Pazuello, o governo indiano pediu “um dia a mais” para a entrega das vacinas ao Brasil porque a Índia pretende iniciar sua campanha de vacinação no sábado (16).

Os esclarecimentos da Saúde acontecem após a imprensa indiana noticiar que o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, havia dito que “era muito cedo” para dar respostas sobre exportações das vacinas produzidas no país, uma vez que a campanha local de imunização ainda está só começando.

De acordo com o portal UOL, o chanceler indiano Subrahmanyam Jaishankar teria dito que não era possível atender à demanda de vacinas brasileiras neste momento e seguir o cronograma de vacinação proposto pelo governo. Em uma última tentativa de importar da Índia 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca / Oxford a tempo, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, falou ao telefone com o chanceler.

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