Itaqui cai do quinto para o sexto lugar no ranking dos portos brasileiros, segundo Anuário Antaq

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AQUILES EMIR

Com uma movimentação de 17,082 milhões de toneladas de cargas em 2016, o Itaqui caiu uma posição no ranking nacional de portos organizados, saindo de 5º para 6º lugar, segundo Anuário Estatístico Aquaviário 2016 divulgado, quarta-feira (15), pela Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) e a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). De acordo com os números, o setor portuário nacional (portos organizados e terminais de uso privado) movimentou 998 milhões de toneladas, o que representou um decréscimo de 1% em relação a 2015, quando o movimento foi de 1,008 bilhão de toneladas.

O melhor desempenho do Itaqui, apesar da queda na safra agrícola do ano passado, foi com transporte de soja, que teve uma participação de 985 mil toneladas, ou seja, mais de 50% da movimentação total. De acordo com a estatística da Antaq, a posição do porto maranhense foi assumida por Suape, de Pernambuco, e dois segmentos contribuíram para essa inversão de posições: Combustíveis (-19,8%) e grãos (-20,7%). O Itaqui nem aparece entre os cinco maiores em transporte de granel sólido e contâiner, mas é o terceiro em granel líquido (combustíveis), com um movimento de 6,2 milhões de toneladas, e em quarto em carga geral, com 1,5 milhão de toneladas.

Em contrapartida, o Terminal da Ponta da Madeira, administrado pela Vale, aparece em primeiro lugar entre os Terminais de Uso Privado (TUP), com um movimento de 148,7 milhões de toneladas, à frente de Tubarão (107,5 milhões), Ilha Guaíba (46,1 milhões), Trombeta (18 milhões) e Porto do Açu (15,9 milhões).

Movimento – Segundo a Antaq, a movimentação de carga nos portos organizados em 2016 caiu 2,5%, com um registro de 343 milhões de toneladas. Em 2015, esse número foi 351 milhões de toneladas. Em relação aos terminais de uso privado, a queda foi de 0,25%, com um total de 655 milhões de toneladas contra 657 milhões de 2015, mas  a movimentação de cargas nos portos e nos TUPs entre 2011 e 2016 cresceu 12,4%.

Sobre a participação regional na movimentação de carga, o Sudeste ficou em 2016 com 496 milhões de toneladas. Já o Nordeste movimentou 270 milhões de toneladas. A Região Sul movimentou 142,4 milhões; Norte, 86 milhões; e o Centro-Oeste, 3,7 milhões de toneladas.

Em relação à movimentação de contêineres nos portos e nos TUPs, Santos (SP) liderou em 2016, com 32 milhões de toneladas (-5,4%), Portonave (SC) ficou em segundo, com 9,7 milhões de toneladas (+27,2%) e Paranaguá (PR), que movimentou 8,2 milhões de toneladas (-5,4%) ficou em terceiro. Em relação às mercadorias, destaque para os minérios, com 418 milhões de toneladas movimentadas, aumento de 2,7% na comparação com 2015. O setor portuário registrou aumento na movimentação de açúcar (9,2%), adubos (19,3%) e celulose (31,3%). O ponto negativo foi a movimentação de cereais (grupo que inclui o milho), com queda de 30,6%.

Os terminais de uso privado movimentaram 66% das cargas. Os portos organizados ficaram com 34%. Santos (28,3%), Itaguaí (17,1%), Paranaguá (11,7%), Rio Grande (7%) e Suape (6,6%) movimentaram 70,7% das cargas totais. Em relação aos TUPs, Ponta da Madeira (22,7%), Tubarão (16,5%), Almirante Barroso (7,1%), Ilha Guaíba (7%) e Angra dos Reis (5,8%) representaram 59,1% do total de cargas.

A Diretoria da Antaq reiterou que a Agência vem trabalhando para o incremento da infraestrutura do setor portuário, para viabilizar um ambiente competitivo, fortalecer a segurança jurídica e garantir previsibilidade. Além disso, seus diretores defenderam a redução do custo Brasil, a simplificação do processo de outorgas e a desburocratização do setor aquaviário para que o setor possa se desenvolver mais.

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