Bolsonaro chama “antifascistas” de “marginais, terroristas, maconheiros e desocupados”

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O presidente Jair Bolsonaro inaugurou nesta sexta-feira (05) o Hospital de Campanha de Águas Lindas, em Goiás, cidade que fica no entorno do Distrito Federal, a 50 quilômetros da capital. A unidade vai atender exclusivamente casos suspeitos ou confirmados de covid-19. “A gente torce para que pouca gente venha para cá, sinal que não precisa de atendimento”, disse Bolsonaro.

No seu discurso, Bolsonaro se referiu aos manifestantes autodenominados “antifascistas”, que estão programando atos copntra o seu governo para domingo (07), de “terroristas”, “marginais”, “maconheiros” e “desocupados”.

“Estamos assistindo agora grupos de marginais, terroristas, querendo se movimentar para quebrar o Brasil. Esses marginais tiveram uma ação em São Paulo, esses terroristas voltaram logo depois para alguma ação em Curitiba, estão nos ameaçando”, declarou ele.

Ainda de acordo com o presidente, quem participa desses, “geralmente são marginais, terroristas, maconheiros, desocupados que não sabem o que é economia, não sabem o que é trabalhar para ganhar seu pão de cada dia. Querem quebrar o Brasil em nome de uma democracia que eles nunca souberam o que é e nunca zelaram por ela.”

Para Bolsonaro, seus apoiadores não devem ir às ruas nos dias em que estiverem marcados atos em oposição ao governo.

Hospital de Campanha (HCamp) de Águas Lindas (GO)

Hospital – A unidade foi construído pelo governo federal, ao custo de R$ 10 milhões. O governo de Goiás custeará insumos e equipes e o Executivo federal será responsável pelo aluguel e a manutenção da estrutura física do hospital.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, destacou que as obras e melhorias que estão sendo feitas na área da saúde ficarão de forma definitiva para atender a população do estado, após a pandemia. “Hoje, temos condições de atender as pessoas em todos os quadrantes do estado de Goiás que amanhã sejam acometidos pelo coronavírus e amanhã terão a continuidade. Isso aqui não será uma obra temporária”, disse durante a cerimônia.

A unidade terá 200 leitos de internação, dos quais 190 de enfermaria e 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com rede de gás instalada. Essa rede, os geradores elétricos e camas foram adquiridos com recursos do Ministério da Saúde. Segundo a Secretaria de Saúde de Goiás, a estrutura permite ampliar o número de leitos de UTI conforme a necessidade.

Um total de 263 profissionais trabalharão no local, sendo 45 médicos, 85 enfermeiros e técnicos em enfermagem, 23 fisioterapeutas, além de farmacêuticos, psicólogos e nutricionistas.

A Secretaria de Saúde informou ainda que já enviou dez ventiladores pulmonares para a unidade, onde estão instalados monitores multiparamétricos para verificação dos sinais vitais dos pacientes graves. O hospital de campanha dispõe de tomógrafo computadorizado e laboratório clínico para a realização de exames.

O acordo de cooperação entre os governos federal e de Goiás, assinado em 22 de maio, prevê o funcionamento do hospital por quatro meses, podendo ser prorrogado.

De acordo com o boletim divulgado ontem (4) pela Secretaria de Saúde de Goiás, o estado tem 5.023 casos de covid-19 e 164 mortes causadas pela doença. Há ainda 27.115 casos suspeitos em investigação.

Em todo o país, já são 614.941 casos e 34.021 mortes pelo novo coronavírus.

(Com informações da Agência Brasil e UOL)

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