Bolsonaro reage à CPI da Pandemia e acusa o ministro Roberto Barroso de ativismo político

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O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, apresenta à imprensa e à sociedade, o “Plano de Segurança Sanitária para as Eleições Municipais de 2020”, elaborado pela consultoria sanitária formada por especialistas da Fiocruz e dos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein.

CPI não vai investigar governadores, só o governo federal 

AQUILES EMIR  

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reagiu de forma contundente à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso (foto), que autorizou o Senado a abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a pandemia de coronavírus. Para Bolsonaro, falta a Barroso “coragem moral e sobra militância política”.

A reclamação do presidente é porque a determinação do ministro da Suprema Corte não inclui investigação a governadores que teriam desviado dinheiro recebido para combater a covid-19 e tem como alvo apenas o governofederal.

“A CPI que Barroso ordenou instaurar, de forma monocrática, na verdade, é para apurar apenas ações do governo federal. Não poderá investigar nenhum governador, que porventura tenha desviado recursos federais do combate à pandemia”, criticou Bolsonaro em sua páginano Twitter.

Bolsonaro acusou ainda o ministro dos STF de militância política.

“Barroso se omite ao não determinar ao Senado a instalação de processos de impeachment contra ministro do Supremo, mesmo a pedido de mais de 3 milhões de brasileiros. Falta-lhe coragem moral e sobra-lhe imprópria militância política”, escreveu.

Nesta quinta-feira (08) à noite, o ministro Barroso determinou ao Senado instalar a CPI da Pandemia. Para o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, trata-se de uma medida que vai trazer pouco resultado e servirá apenas de palanque para  eleição de 2022.

Pacheco teme ainda que esta CPI tire o foco do que é essencial neste momento: vacina e erradicação da pandemia.

Reação do Supremo – O Supremo Tribunal Federal, em nota, reagiu à fala do presidente, dizendo que seus ministros agem conforme a Constituição. Eis a nota:

“O Supremo Tribunal Federal reitera que os ministros que compõem a Corte tomam decisões conforme a Constituição e as leis e que, dentro do estado democrático de direito, questionamentos a elas devem ser feitos nas vias recursais próprias, contribuindo para que o espírito republicano prevaleça em nosso país”.

Acompanhe a fala do presidente Jair Bolsonaro:

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