João Alberto diz que só a elite sindical teme reforma trabalhista

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O senador João Alberto (PMDB-MA) disse neste sábado que está convencido da aprovação, pelo Congresso Nacional, das reformas propostas pelo presidente Michel Temer e que elas vão ser benéficas para a população. Segundo ele, a manifestação de sexta-feira (28) foi um claro sinal de que os mais inconformados com as mudanças são as elites do movimento sindical, que temem perder seus privilégios com o fim do Imposto Sindical e outras regalias.

João Alberto lembrou que foi dirigente do Sindicato dos Bancários nos anos 1960, no Rio de Janeiro (RJ), e naquela época nenhum diretor sindical era remunerado, tampouco havia esse apego por cargos. “Hoje em dia tem dirigente de sindicato que chega a ganhar até R$ 15 mil por mês”, diz ele, acrescentando que muitos estão sem trabalhar há mais de 20 anos simplesmente porque não há alternância de poder nestes órgãos e a lei protege os que estão no comando de suas instituições com estabilidade e ausência remunerada do trabalho.

O senador disse que a população, em sua grande maioria, não participou das manifestação, muito pelo contrário foi impedida de trabalhar, de cumprir suas obrigações porque os coordenadores dos protestos bloquearam estradas, avenidas e ainda ameaçavam de agressão quem tentasse furar seus bloqueios. “Assistimos cem pessoas impondo suas vontades a milhões de pessoas”, criticou.

Sobre as reformas, João Alberto disse que os brasileiros precisam tomar consciência de que a Previdência Social chegou a um momento delicado, e se não forem feitas as reformas agora, no futuro o governo pode ficar sem condições de pagar as aposentadorias. Trata-se de uma medida impopular, mas necessária, como observou.

Quanto à reforma trabalhista, o senador disse que a flexibilização nas leis vai permitir que as empresas contratem mais, que os próprios trabalhadores possam negociar com os patrões suas jornadas de trabalho. Ele frisou que os eixos centrais da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) estão preservados, como férias, 13º salário, jornada de 40 horas semanais, FGTS etc.

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