
A montadora Lifan e a concessionária Auvepar reunem profissionais de imprensa e outros convidados nesta terça-feira (31), a partir das 08h, para apresentação de suas estratégias para enfrentar a concorrência em 2017 e fazer uma retrospectiva do seu SUV X60 no mercado nacional, onde é considerado o carro mais vendido entre as marcas chinesas.
Sem mudanças desde a chegada ao País, o carro ganhou alguns detalhes na versão 2016, como grade com aletas verticais, molduras plásticas nos para-lamas, cobertura para o motor, nova disposição de luzes nas lanternas traseiras, bancos com novas espumas e tampa do porta-malas com sistema de abertura reprojetado para ficar mais leve durante o acionamento. A configuração topo de linha ganhou ainda interior com revestimento preto – anteriormente era bege – e rodas de liga leve aro 18.
Com dimensões generosas, o modelo atrai pelo amplo espaço interno. São 4,32 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,69 m de altura e 2,60 m de entre-eixos, que garantem ao X60 um porte semelhante do Renault Duster, que também custa a partir de R$ 59.990 na versão Expression. Mas o que o diferencia do concorrente? “Os compradores do X60 buscam um carro que tenha mais espaço e que venha mais equipado que os concorrentes”, explica Jair Leite, diretor de vendas da Lifan no Brasil.
Sem opcionais disponíveis, o X60 traz de série na versão de entrada Talent itens como acendimento automático dos faróis, maçanetas externas e friso das janelas com acabamento cromado, rodas de liga leve, central multimídia com GPS integrado e tela sensível ao toque, banco do motorista e direção com regulagem de altura, bem como as lanternas de LED. Com isso, o modelo possui uma lista generosa de equipamentos quando comparada à de veículos na mesma faixa de preço.
Vida a bordo – Na cabine, o desenho do painel tomou como “inspiração” a terceira geração do Toyota Rav4, lançada em 2005. As linhas não são tão atuais, porém, não destoam frente a outros veículos do segmento.
O ar-condicionado possui comandos leves e imprecisos, que reduzem a percepção de qualidade no interior, assim como os bancos revestidos de couro sintético, que não apresentam tanto capricho nas costuras.
O interior amplo realmente tem espaço para cinco passageiros viajarem com conforto. Na segunda fileira de assentos, o encosto é reclinável e os bancos podem ser rebatidos com esquema 1/3 e 2/3. O túnel central baixo facilita a vida de um quinto ocupante no assento do meio, que dá espaço a um apoio de braços central com porta-copos quando não está ocupado. Na frente, o modelo dispões de cintos com regulagem de altura e ajustes do encosto com alavanca, mas falta regulagem de profundidade para a direção.
Ao volante – A suspensão recalibrada segue privilegiando o conforto ao rodar, o que permite um pouco de rolagem da carroceria em velocidades mais altas, mas que filtra bem as imperfeições do solo. A direção com assistência hidráulica também se mostrou eficiente, não sendo excessivamente pesada para manobras na cidade ou leve demais na estrada – a única ressalva se deve ao volante, que possui péssima empunhadura.
Mecanicamente, o X60 ganhou uma nova transmissão manual de cinco velocidades. A caixa de câmbio teve as relações de marchas modificadas, além de receber um novo escalonamento. De acordo com a fabricante, a alteração teve como objetivo melhorar a condução, permitindo trocas de marchas mais precisas e suaves. Entretanto, o modelo segue áspero nas mudanças, além de algumas marchas manterem o engate impreciso. Até a terceira, o motorista não encontra dificuldades para ajustar a alavanca no sistema, mas a partir daí, o trabalho fica árduo até a quinta marcha.
A falta de um câmbio automático também se faz notar. Segundo a Lifan, já estão sendo realizados testes para equipar o modelo com uma caixa continuamente variável CVT, mas ainda não há previsão para a chegada Brasil. Por fim, o motor 1.8 16V de 128 cv de potência pode ser abastecido apenas com gasolina, contrariando a receita adotada pela maioria do mercado, inclusive por marcas de segmentos premium como a BMW.
