
AQUILES EMIR
O apresentador do programa Caldeirão do Huck, nas tardes de sábado da Rede Globo, Luciano Huck, estaria mesmo disposto a entrar na disputa presidencial de 2022 e espera contar com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), como seu vice. A especulação e do jornalista Ricardo Noblat, da revista Veja, que diz estarem os dois, “tricotando”, com vistas à sucessão de Jair Bolsonaro.
De acordo com Noblat, Huck, um dos homens mais ricos da TV brasileira, estaria com uma leve inclinação para a esquerda, devendo se filiar ao Cidadania (ex-PPS), que é resultado da fusão do PP e o Partido Comunista Brasileiro (PCB). O vice dos seus sonhos seria Flávio Dino.
O governador do Maranhão, conforme Noblat, sonha em se viabilizar candidato a presidente na próxima eleição, entretanto não teria expressão nacional para liderar uma campanha, enquanto Luciano Huck é o nome bem conhecido em todo o país e sua candidatura ganharia peso com um vice admirado no campo da esquerda.
Por outro lado, Luciano Huck eleitoral teria densidade presidencial a partir do Rio de Janeiro e de sua exposição na Globo. Juntos poderia obter sucesso porque Flávio Dino abarcaria toda a região Nordeste.
Em recente pesquisa do Instituto Paraná, o apresentar de TV foi lembrado pelos entrevistados como um dos prováveis adversários de Bolsonaro. A lista é encabeçado pelo ex-presidente Lula (PT), com 32%; seguido de Ciro Gomes (PDT), que teria 15,6%.
- Além destes, outros políticos mencionados foram o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 11,7%; o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), com 3%; o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), com 1,9%). Luciano Huck também aparece na lista, com 8,3%, e Flávio Dino não foi lembrado.Leia mais:
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Apoiador de peso – Segundo Ricardo Noblat, Huck e Dino já tiveram pelos menos duas reuniões secretas, testemunhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), um dos visitados por Dino, em 2019, além de Lula (ainda na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba-PR) e José Sarney (MDB).
Recentemente, FHC teria manifestado opinião para que os dois pretensos candidatos conversassem mais, ou seja, sugeriu algo do que já seria testemunha de quando ocorrido.
Flávio Dino, desde a saída de Lula da prisão, puxou o freio de mão e colocou seu projeto em banho-maria. Em dezembro, numa coletiva de imprensa a jornalistas em quem mais confia, garantiu que será candidato, em 2022, mas não sabe precisar a quê. O mais provável é que tente a vaga no Senado, onde teria projeção para se tornar mais conhecido nacionalmente.
Assim Bolsonaro leva no primeiro turno,