“Maconha pode, mas cloroquina não pode”, reage Bolsonaro sobre projeto em tramitação no Congresso

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Presidente acha que perderá no Congresso votação do projeto sobre regulamentação do ICMS dos combustíveis 

AQUILES EMIR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reagiu com ironia e indignação à pergunta de um apoiador, na manhã desta segunda-feira (17), no Palácio da Alvorada, sobre a possibilidade de o uso da maconha para fins medicinais ser aprovado no parlamento. Bolsonaro chegou a dizer que vetará o projeto se ele for aprovado e encaminhado à sua sanção e disse que chega a ser irônico se autorizar, no Brasil, uso de maconha para curar algumas e proibir cloroquina para evitar que alguém morra de covid-19.

“Isso é com o Parlamento, se chegar para mim eu veto. Engraçado: a maconha pode, mas a cloroquina não pode. […] A esquerda sempre pega uma oportunidade para poder liberar as drogas. Maconha e cocaína fazem bem, sem problema”, disse ele.

O presidente voltou a criticar isolamento social e buscou encorajar sua não adoção, dizendo que alguns “idiotas ainda obedecem o fique em casa”. Ele lembrou que enquanto muitos pararam as atividades foram mantidas no setor rural.

“O agro não parou. Tem uns idiotas do ‘fique em casa’. Até hoje, tem uns que ficam em casa. Se o campo tivesse ficado em casa, esse cara tinha morrido de fome. Esse idiota tinha morrido de fome. E ficam reclamando de tudo. Agora, quem tem salário fixo ou uma gorda aposentadoria, aí pode ficar em casa o dia todo. Não tem problema nenhum”, disse.

Questionado sobre como está sua saúde, Bolsonaro deu a seguinte resposta: “Já falei que sou ‘imorrível’, já falei que sou ‘imbrochável’ e também sou ‘incomível'”.

Combustíveis  – O presidente disse ainda ter convicção de que dificilmente o Congresso Nacional vai aprovar o projeto sobre o ICMS dos combustíveis.

“Entramos com projeto lá, pedi urgência e acho que vou ser derrotado. Para que cada estado defina um valor fixo do ICMS porque isso diz uma emenda à Constituição de 2001. Como devo perder isso aí, eu só tenho um caminho: vou ter que perder no Supremo Tribunal Federal”, avisou.

Para ele, caso isso ocorra, a saída será apelar ao Supremo, e lembrou que os governadores nada fazem para baixar os preços dos combustíveis,  mas a culpa é sempre do governo federal.

“Tem estado em que é um estupro o ICMS, e o pessoal culpa a mim. Então, queremos definição. O estado cobra o que quiser, mas que diga o quanto está cobrando. Quando aumenta a gasolina, o pessoal me culpa. Agora, quando diminui, não abaixa na ponta da linha. Fiquei dois meses sem cobrar PIS/Cofins, mas não baixou nada”, explicou.

(Com informações do R7)

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