Nicolas Maduro evitou ir à assembleia da ONU por temer atentado

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não compareceu à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada em Nova York, por razões de segurança, devido à suspeita de atentados. A informação é da Agência EFE. “Este ano decidi não ir às Nações Unidas por razões de segurança, porque tinha informação de possíveis atentados de setores extremistas que têm o poder nos Estados Unidos [EUA]”, disse Maduro durante a reinauguração de um hotel no estado de Aragua.

O presidente venezuelano disse que “precisa se cuidar”, mas não fez mais comentários sobre as ameaças à sua segurança. Maduro lembrou que 91% dos discursos da Assembleia-Geral da ONU foram favoráveis à paz no país, um objetivo que estará sendo alcançado, segundo ele, com o acordo com a oposição.

Em discurso na ONU, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a Venezuela está à beira do “colapso total” e disse estar pronto para adotar novas medidas contra o país se Maduro insistir em impor um regime autoritário. Para o presidente venezuelano, as declarações de Trump representam uma ameaça de morte contra a sua pessoa.

“A ameaça que Donald Trump fez, se eu a interpretei corretamente, vou repassá-la ao povo: Donald Trump hoje ameaçou de morte o presidente da República Bolivariana da Venezuela”, disse Maduro em discurso em rede nacional de rádio e televisão.

O presidente da Venezuela insistiu no assunto, garantindo que ontem foi dada, no Salão Oval da Casa Branca, a ordem para matá-lo. E responsabilizou por isso o presidente do Parlamento do país, Julio Borges, a quem acusa de buscar ajuda internacional para acabar com seu mandato.

Sanções – O governo do Canadá anunciou nesta sexta-feira (22) a imposição de sanções financeiras ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e outras 39 figuras-chave do governo do país  “para enviar uma clara mensagem de que o seu comportamento antidemocrático tem consequências”. A informação é da Agência EFE.

O Ministério das Relações Exteriores canadense disse que as sanções afetam pessoas que são responsáveis “pela deterioração da democracia na Venezuela”. A lista de sancionados inclui 40 nomes, entre os quais se destacam o vice-presidente do país, Tareck el Aissami; o presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena; o ministro da Educação, Elías Jaua; e o procurador-geral, Tarek Saab.

As sanções impõem o congelamento de ativos e a proibição de que indivíduos no Canadá e canadenses fora do país tenham relações financeiras com as 40 pessoas da lista que, segundo o Ministério das Relações Exteriores canadense, “tiveram um papel-chave em enfraquecer a segurança, estabilidade e integridade das instituições democráticas da Venezuela”.

A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, declarou que seu país “não permanecerá em silêncio enquanto o governo da Venezuela rouba os direitos democráticos fundamentais do povo. O anúncio de sanções ao regime de Maduro ressalta o nosso compromisso com a defesa da democracia e dos direitos humanos no mundo todo. O Canadá mostra sua solidariedade ao povo da Venezuela enquanto luta para restaurar a democracia no seu país”, falou.

(Agência EFE)

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