Maduro fecha fronteira para que venezuelanos não recebam alimentos e remédios do Brasil

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira (21), em pronunciamento na televisão oficial do seu país, que ordenou o fechamento da fronteira de seu país com o Brasil, bloqueando a passagem por Roraima a fim de que os venezuelanos não recebam ajuda humanitária anunciada pelo governo brasileiro. Diversos países, dentre eles Estados Unidos e Brasil, que reconhecem Juan Gauidó como chefe interino do governo da Venezuela, prometem fazem chegar ao país medicamentos e alimentos ao seu povo, neste sábado (23).

Maduro, que já havia elevado o alerta militar nas fronteiras e agora decreta o fechamento completo do limite de 2.200 quilômetros que separam a Venezuela e o norte brasileiro, com este gesto declara rompidas as relações entre os dois países, além da Colômbia.

“A partir de hoje fechamos a fronteira com o Brasil, [e tomamos] todas as medidas de segurança e até segunda ordem”, afirmou Maduro numa videoconferência na sede do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas.

Maduro detalhou que a medida entrará em vigor às 20h da Venezuela (19h no horário de Brasília) desta sexta, conforme a agência de notícias venezuelana, AVN.  “Quero que seja uma fronteira dinâmica e aberta, mas sem provocações, sem agressão, porque sou obrigado como chefe de Estado, chefe de Governo e comandante em chefe da FANB a garantir paz e tranquilidade”, afirmou.

A medida foi anunciada um dia depois que o vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez, anunciou o fechamento da fronteira aérea e marítima com as Antilhas Holandesas e afirmou que Caracas colocou “sob revisão” as relações com esses países.

Colômbia, Brasil e Curaçao acumularam toneladas de ajuda humanitária enviadas para a Venezuela, que está passando por uma profunda crise econômica com escassez de alimentos e remédios que levou pelo menos três milhões de venezuelanos a emigrarem, segundo dados da ONU. Maduro se opõe à entrada da ajuda humanitária, que ele descreveu como “uma armadilha”, com o argumento de que é uma estratégia dos Estados Unidos para violar a soberania da Venezuela.

(Com informações de El País)

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