Maduro toma posse e destaca legitimidade das eleições na Venezuela

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RENATA GIRALDI

Reeleito para mais seis anos de mandato (2019-2025), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, 55 anos, assumiu nesta quinta-feira (24) e fez o juramento de posse, na Assembleia Nacional Constituinte (ANC), antecipando a cerimônia prevista para janeiro.

Maduro foi reeleito no domingo passado ao receber 6.224.040 votos dos 9.132.655 de venezuelanos que participaram das votações, 46,02% do censo eleitoral em um pleito com a menor participação da história do país.

“Assim podemos dizer que tivemos eleições legais, justas, legítimas e por isso entrego minhas credenciais à vontade popular”, afirmou o presidente reeleito.

A reeleição de Maduro é alvo de contestação interna, por parte de oposicionistas, e externa, pois vários países, incluindo o Brasil, questionam a legitimidade do processo eleitoral. Em nota, o Brasil levantou dúvidas sobre o resultado das eleições.

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou sanções econômicas à Venezuela por discordar do processo eleitoral e da reeleição de Maduro. Trump expulsou os diplomatas venezuelanos do território norte-americano. Maduro reagiu, fazendo o mesmo com os diplomatas norte-americanos na Venezuela.

Reeleição – A reeleição do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para mais seis anos de mandato em uma disputa marcada pelos altos índices de abstenção e com denúncias de fraudes pela oposição é destaque nos principais jornais da América do Sul, dos Estados Unidos e da Europa.

Na Argentina, o La Nación destaca que “Maduro se declara vencedor, mas o mundo e a oposição desconhecem”, o Clarín observa que a eleição ficou marcada por forte abstenção e denúncias de fraude na reeleição.

O norte-americano The Wall Street Journa informa que: “Presidente venezuelano se mantém agarrado ao poder com reeleição”. O espanhol El Pais destaca que Maduro se reelege como “presidente em uma farsa sem rivais”.

As manchetes da imprensa venezuela seguem uma linha mais branda em relação às críticas ao presidente reeleito, destacando que houve uma eleição sem supresas ou um triundo perfeito, com o Diario 2001, que escreveu ” Maduro repete “sem surpresas”, o La Verdad: “Sin surpresas” e o La Hora, “Maduro proclama triunfo perfeito”.

(Agência Brasil)

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