Maranhão é o estado com o menor PIB per capita do Brasil, segundo dados divulgados pelo IBGE

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Maranhão deixa penúltima posição para ser último colocado

O Maranhão continua sendo o estado com o menor PIB per capita do Brasil, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são de 2019, quando a divisão do bolo daria para cada brasileiro R$ 35.161,70, um aumento de 4,7% em relação a 2018 (R$ 33.593,82).

De acordo com o IBGE, o Distrito Federal manteve-se com o maior PIB per capita brasileiro, com o valor de R$ 90.742,75, cerca de 2,6 vezes maior que o do país. Na outra ponta, está o Maranhão, que ocupa a 27ª posições, com R$ 13.757,94.

No Sudeste, São Paulo aparece na segunda posição; Rio de Janeiro, na terceira; Espírito Santo, na nona; e Minas Gerais, na décima. Entre as unidades da federação, apenas Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro mantiveram suas posições ao longo de toda a série. Já entre os 10 primeiros colocados de 2019, Minas Gerais subiu três posições em relação a 2002, enquanto Mato Grosso ganhou quatro, e o Espírito Santo caiu da sétima para a nona posição.

Na Região Sul, Santa Catarina aparece na quarta posição entre os maiores PIB per capita do país. Já o Rio Grande do Sul está na quinta e o Paraná, na sexta posição.

No Centro-Oeste, o maior avanço relativo entre 2002 e 2019 foi o de Mato Grosso: da 11ª para a sétima. O PIB per capita de Mato Grosso do Sul também superou a média nacional em 2019, mas o estado se manteve na oitava posição. Goiás foi o único estado da região com PIB per capita menor que o nacional em toda a série, e caiu da 10ª para a 11ª posição, no período.

Nordeste – Entre os estados com o menor PIB per capita em 2019, Piauí e Maranhão ocuparam a 26ª e a 27ª posições, respectivamente, sendo que em 2002 o Maranhão era o penúltimo. Abaixo da vigésima posição no ranking, estão quase exclusivamente estados do Nordeste, sendo o Acre a única exceção, no 23º lugar.

No Norte, Rondônia foi o estado de maior posição (12ª), com razão de PIB per capita de 0,8 em 2019, e o Tocantins foi o que mais avançou, saindo da 21ª para a 14ª posição no período. Amazonas, apesar de ocupar a 13ª posição em 2019, a frente de Tocantins, teve redução da razão do PIB per capita ao longo da série, perdendo, assim quatro posições desde 2002.

Saiba qual é o PIB per capita de cada unidade da Federação:

Remuneração de empregados – Na análise do PIB pela ótica da renda em 2019, a remuneração dos empregados, principal componente da renda, perdeu participação pelo terceiro ano consecutivo, passando de 43,6% em 2018 para 43,5% em 2019. Essa redução, se deve ao crescimento nominal das remunerações (14,8%), inferior aos impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e importação (23,4%) e ao excedente operacional bruto mais o rendimento misto bruto (19,2%).

Nordeste e Centro-Oeste foram as regiões que mais contribuíram para a perda da participação das remunerações dos empregados no âmbito nacional, com variações nominais de 4,6% e 4,2%, respectivamente. No Centro-Oeste, as remunerações dos empregados perderam participação no PIB (de 47,1% em 2018 para 46,7% em 2019), mas mantiveram a maior participação no PIB da região, devido aos serviços de administração pública do Distrito Federal.

No Nordeste, embora as remunerações tenham elevado sua participação no PIB nacional, a região perdeu peso, já que em 2018 representava 15,3% e passou a 15,2% em 2019 do total das remunerações. Piauí e Ceará (5,8% e 5,9%, respectivamente) foram os únicos estados nordestinos com elevação das remunerações de empregados superior à média nacional (5,3%).

Os estados do Norte e Nordeste têm as maiores participações da remuneração dos empregados. No Acre, Roraima, Amapá e Paraíba essa participação supera 50% do PIB, devido ao peso das atividades de serviços, notadamente os serviços públicos, na sua economia.

No Nordeste, Alagoas, com participação da remuneração dos empregados de 44,1% em 2019, foi a única unidade da federação onde esse componente não foi o de maior valor relativo no PIB – o peso do excedente operacional bruto mais o rendimento misto bruto foi de 45,1%.

A região Sul, segunda de maior participação no PIB, destacou-se pelo relativo equilíbrio entre os componentes remuneração dos empregados (41,8%) e excedente operacional bruto mais o rendimento misto bruto (43,0%).

Santa Catarina foi o único estado do Sul onde a participação da remuneração dos empregados (43,6%) superou a média nacional (43,5%) em 2019, mesmo com o maior peso de sua indústria, grupo de atividades mais intensiva em capital, na economia estadual, quando comparado ao Paraná e ao Rio Grande do Sul.

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