Maranhão é o único do Matopiba com aumento na produção de grãos

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AQUILES EMIR

O Maranhão é o único estado da fronteira agrícola do Matopiba, que é formada também por Tocantins, Piauí e Bahia, que terá aumento na produção agrícola, segundo a última estimativa da safra de grãos 2017/18 divulgada semana passada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com o levantamento, a colheita no estado, que na safra anterior foi de 4,790 milhões de toneladas, será de 4,997 milhões, ou seja, um crescimento de 4,3%.

Por outro lado, no Tocantins, a produção deve diminuir de 4,543 milhões para 4,447 milhões (-2,1%); no Piauí, de 3,645 milhões de toneladas na colheita de 2017, haverá uma diminuição para 3,212 milhões, o que corresponde a -11,9%; e na Bahia, haverá uma queda de 8,081 milhões de toneladas para 7,799 milhões, ou seja, -1,3%. A pesquisa mostra ainda que o Maranhão, dos quatro estados, foi o que teve maior crescimento da área plantada (9,3%), enquanto no Tocantins ela cresceu 1,1%; no Piauí, 2,5%; e na Bahia, 2,9%.

No quesito produtividade (quilos por hectare), todos eles apresentaram queda: Maranhão (-4,5%), Tocantins (-3,1%), Piauí (-14%) e Bahia (-4,0%). No que diz respeito ao desempenho pelas culturas, o Maranhão apresenta os seguintes resultados:

  • Algodão – aumento de 88,1 mil toneladas para 103,5 mil (17,5%)
  • Arroz – queda de 255,9 mil para 247,2 mil toneladas (-3,4%)
  • Feijão – queda de 56,7 mil para 48,0 mil toneladas (-15,3%)
  • Milho – aumento de 1,951 milhão para 2,016 milhões de toneladas (3,3%)
  • Soja – aumento de 2,473 milhões para 2623 milhões de toneladas (6,1%)

Desempenho – No que diz respeito ao milho, a Conab diz que a cultura cada vez mais espaço no sistema de produção, principalmente na região do cerrado, no sul do estado, onde a estação de chuvas é bem definida e associada às condições de temperaturas elevadas, tornando propício o seu cultivo. A tendência de aumento de área de milho segunda safra se deve, basicamente, pelo dispêndio por parte dos produtores ser o mínimo possível, já que se aproveita a fertilidade residual das áreas colhidas de soja.

Sobre a soja, o estudo indica que no Maranhão, as condições climáticas, sobretudo o volume acumulado de precipitações pluviométricas, favoreceram o estabelecimento relativamente seguro das lavouras. Com isso, permanece a estimativa de plantio do último levantamento, de aproximadamente 920,3 mil hectares. Em relação à produtividade, a estimativa é que seja em torno de 2.851 kg/ha.

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