Maranhão tem maior índice de trabalhadores sem carteira assinada e 588 mil desalentados

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O Maranhão é o estado com menor índice de trabalhadores com carteira assinada. É o que revela a Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD) com números obtidos no segundo trimestre deste ano divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desocupação do país no segundo trimestre foi de 12,0%. As maiores taxas foram observadas na Bahia (17,3%), Amapá (16,9%) e Pernambuco (16,0%) e a menores, em Santa Catarina (6,0%), Rondônia (6,7%) e Rio Grande do Sul (8,2%).

As maiores variações foram no Acre (-4,4), Amapá (-3,3) e Rondônia (-2,2). Já em relação ao mesmo trimestre de 2018, a taxa subiu em Roraima (3,7) e Distrito Federal (1,5). Houve quedas no Amapá (-4,4) Alagoas (-2,7) e Minas Gerais (-1,2), com estabilidade nas demais.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho(percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 24,8%. Piauí (43,3%), Maranhão (41,0%) e Bahia (40,1%) apresentam as maiores taxas, todas acima de 40%. Já as menores ocorreram em Santa Catarina (10,7%), Rondônia (15,7%) e Mato Grosso (15,8%).

O número de desalentados, ou seja, sem expectativa de um novo emprego, foi de 4,9 milhões de pessoas de 14 anos ou mais. Os maiores contingentes estavam na Bahia (766 mil pessoas) e no Maranhão (588 mil) e os menores no Amapá (13 mil) e em Rondônia (15 mil).

O percentual de desalentados foi de 4,4%, mantendo o recorde da série histórica. Maranhão (18,4%) e Alagoas (15,2%) tinham os maiores percentuais e Santa Catarina (0,9%) e Rio de Janeiro (1,3%), os menores.

Desocupação – A taxa de desocupação do país foi de 12,0%, caindo em ambas as comparações: -0,7 ponto percentuais frente ao primeiro trimestre de 2019 (12,7%) e -0,4 p.p. em relação ao mesmo trimestre de 2018 (12,4%). As maiores taxas foram observadas na Bahia (17,3%), Amapá (16,9%) e Pernambuco (16,0%) e a menores, em Santa Catarina (6,0%), Rondônia (6,7%) e Rio Grande do Sul (8,2%).

Taxa de desocupação (%) das pessoas de 14 anos ou mais de idade, 
Brasil e unidades da federação – 2º trimestre de 2019
Santa Catarina6,0
Rondônia6,7
Rio Grande do Sul8,2
Mato Grosso do Sul8,3
Mato Grosso8,3
Paraná9,0
Minas Gerais9,6
Goiás10,5
Ceará10,9
Espírito Santo10,9
Pará11,2
Tocantins11,4
Paraíba11,9
Brasil12,0
Rio Grande do Norte12,5
Piauí12,8
São Paulo12,8
Acre13,6
Distrito Federal13,7
Amazonas13,9
Maranhão14,6
Alagoas14,6
Roraima14,9
Rio de Janeiro15,1
Sergipe15,3
Pernambuco16,0
Amapá16,9
Bahia17,3

 

Subutilização – No 2º trimestre de 2019, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 24,8%. Piauí (43,3%), Maranhão (41,0%) e Bahia (40,1%) tinham as maiores taxas, todas acima de 40%. Já as menores taxas foram em Santa Catarina (10,7%), Rondônia (15,7%) e Mato Grosso (15,8%).

Percentual de pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupada na semana de referência como conta própria, por unidade da federação – 2º trimestre 2019
Distrito Federal19,6
Mato Grosso do Sul20,9
São Paulo21,7
Santa Catarina22,1
Minas Gerais23,4
Paraná24,8
Goiás25,4
Rio Grande do Sul25,5
Brasil25,9
Espírito Santo25,9
Tocantins26,2
Roraima26,5
Pernambuco27,5
Rio de Janeiro27,5
Mato Grosso27,6
Rio Grande do Norte28,4
Alagoas28,6
Bahia29,4
Paraíba30,3
Ceará30,4
Sergipe30,8
Piauí31,8
Rondônia32,2
Acre33,6
Maranhão33,6
Amazonas34,3
Amapá35,1
Pará35,6

 

Conta própria – O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria era de 25,9%. As unidades da federação com os maiores percentuais foram Pará (35,6%), Amapá (35,1%) e Amazonas (34,3%) e os menores estavam no Distrito Federal (19,6%), Mato Grosso do Sul (20,9%) e São Paulo (21,7%).

Percentual de pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupada na semana de referência como empregado SEM carteira entre os empregados do setor privado, Brasil e unidades da federação – 2º trimestre 2019
Santa Catarina12,4
Rio Grande do Sul16,7
Paraná18,6
São Paulo19,1
Rio de Janeiro19,8
Distrito Federal21,4
Mato Grosso23,2
Mato Grosso do Sul24,8
Brasil25,7
Minas Gerais26,2
Goiás27,2
Espírito Santo27,5
Rondônia32,0
Acre32,7
Pernambuco34,1
Alagoas34,1
Amazonas35,8
Rio Grande do Norte35,8
Amapá37,3
Sergipe39,5
Ceará40,7
Roraima42,0
Bahia42,6
Tocantins42,7
Paraíba43,5
Pará47,3
Piauí48,0
Maranhão49,7

 

Sem carteira – A proporção de empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado do país foi de 25,7%. As unidades da federação com os maiores percentuais foram no Maranhão (49,7%), Piauí (48,0%) e Pará (47,3%), e as menores taxas estavam em Santa Catarina (12,4%), Rio Grande do Sul (16,7%) e Paraná (18,6%).

Percentual de pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupada na semana de referência como empregado COM carteira entre os empregados do setor privado, Brasil e unidades da federação – 2º trimestre 2019
Maranhão50,3
Piauí52,0
Pará52,7
Paraíba56,5
Tocantins57,3
Bahia57,4
Roraima58,0
Ceará59,3
Sergipe60,5
Amapá62,7
Amazonas64,2
Rio Grande do Norte64,2
Pernambuco65,9
Alagoas65,9
Acre67,3
Rondônia68,0
Espírito Santo72,5
Goiás72,8
Minas Gerais73,8
Brasil74,3
Mato Grosso do Sul75,2
Mato Grosso76,8
Distrito Federal78,6
Rio de Janeiro80,2
São Paulo80,9
Paraná81,4
Rio Grande do Sul83,3
Santa Catarina87,6

 

Com carteira – O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado do país era de 74,3%. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (87,6%), Rio Grande do Sul (83,3%) e Paraná (81,4%) e os menores, no Maranhão (50,3%), Piauí (52,0%) e Pará (52,7%).

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