Maranhão tem o segundo melhor desempenho em exportações do Nordeste

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AQUILES EMIR

O Maranhão ocupou o segundo lugar, entre os estados do Nordeste, em volumes de vendas para o mercado internacional, no período de janeiro a abril, segundo dados do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão de estudos regionais vinculado ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB). De acordo com o estudo, no quadrimestre, as exportações nordestinas totalizaram US$ 5,1 bilhões, montante que representa crescimento de 31,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo o Etene, a alumina foi o produto mais vendido pelo Maranhão, que respondeu com quase metade do volume exportado (47,5%), vindo em seguida pasta química de madeira (22,7%) e soja (17,8%), enquanto álcool (29,3%), óleo diesel (26,5%) e gasolina (22,0%) foram os mais importados. Apesar do bom desempenho, o saldo da balança comercial maranhense é negativo em U$ 153,3 milhões, resultado de U$ 830,9 milhões em exportações e U$ 984,2 milhões em importações.

O levantamento mostra que as vendas do Nordeste somaram U$ 5,071,3 bilhões, enquanto as importações, U$ 6,514,8 bilhões, o que dá um saldo negativo de U$ 1,443,6 bilhão. A Bahia foi o estado que teve maior participação nas vendas externas (45,3%) na região. O Maranhão ocupou a segunda posição com 17,2%, vindo em seguida Pernambuco (12,8%) e Ceará (12,2%). Do lado das importações, Bahia concentrou 36,9% do total das compras externas da região, seguida por Pernambuco (27,6%), Maranhão (15,1%) e Ceará (11,5%). Dos estados nordestinos, apenas Rio Grande do Norte e Alagoas registraram saldo positivo na balança comercial no acumulado de janeiro a abril.

O estudo verifica uma mudança no perfil do comércio exterior em diferentes unidades federativas, a exemplo das vendas de alumina, papel e celulose além da soja no Maranhão; soja no Piauí; produtos provenientes da Siderúrgica do Pecém no Ceará; melões no Rio Grande do Norte; veículos e de produtos da indústria química em Pernambuco; produtos da indústria química em Alagoas; suco de laranja em Sergipe; soja na Bahia.

Mudança – Segundo os autores do estudo, houve mudança no perfil do comércio exterior em diferentes unidades federativas. No Ceará, por exemplo, destacaram-se produtos provenientes da Siderúrgica do Pecém. O Estado é destaque na região ao registrar aumento no volume de vendas externas nos quatro primeiros meses de 2017.

No Maranhão, houve boas vendas de alumina, de papel e celulose e de soja. Também foram relevantes a soja no Piauí e Bahia, os melões no Rio Grande do Norte, os veículos e produtos da indústria química em Pernambuco, os produtos da indústria química em Alagoas e o suco de laranja em Sergipe.

Os maiores destinos dos produtos nordestinos foram China, Estados Unidos e Argentina. Juntos, eles receberam 44,9% do total exportado. As vendas para a Argentina cresceram 47,6%. Para os Estados Unidos e China, o crescimento foi de 34,3% e 14,7%, respectivamente.

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