Feira em frente e na lateral do Liceu Maranhense compromete beleza da nova Deodoro

1424
Ao final da Alameda Silva Maia, o visitante se depara com uma feira desorganizada e não há sinais de como o problema será solucionado

AQUILES EMIR

Quem já foi conhecer as obras de requalificação do Complexo Deodoro, inauguradas neste sábado, sofre um impacto quando percorre de ponta a ponta as alamedas Silva Maia e Gomes de Castro, pois perceberá que, para criar esse novo ambiente urbanístico, o Parque Urbano Santos, onde ficam o Liceu Maranhense, o Ginásio de Esportes Costa Rodrigues e outras instituições, ficou prejudicado com a absorvição de boa parte do comércio ambulante removido das praças do Panteon e Deodoro.

Com o descaso a que foram condenadas as duas praças, o comércio ambulante tomou conta desses espaços públicos, que foram transformados em feira a céu aberto, com todo tipo de comércio, de confecções a bata-frita, passando por mercadorias pirateadas, ervas medicinais, bancas de jornais e outros, situação agravada quando a Prefeitura transferiu boa parte dos camelôs da Rua Grande para a Deodoro.

Bancas de revista estão funcionando em local improvisado após reforma da Deodoro e Panteon

Para que as praças fossem requalificadas, os ambulantes foram retirados e levados para as áreas frontal e lateral do Liceu Maranhense, onde se acumula muita sujeira. Quem passa pelo local sente o cheiro forte de urina e até fezes, já que foram transformadas também em “banheiros públicos”.

Até o momento a Prefeitura ainda não indicou qual solução definitiva para esses comércio desorganizado. Outra parte está acomodada na lateral antigo Colégio Marista, onde hoje funciona uma unidade do Instituto de Ensino Tecnológico do Maranhão (Iema), na Rua do Outeiro.

Em frente ao Liceu Maranhense foi montada uma feira desorganizada que incomoda pela sujeira e poluição sonora

Segundo o proprietário de uma das bancas de revistas, que pediu anonimato, quando foram transferidos para esses locais, havia a promessa de que após a reforma das praças alguns retornariam, mas pelo visto isto não ocorrerá, já que não foram construídos quiosques, tampouco há qualquer processo de seleção dos ambulantes que poderão retornar. Para ele, pelo menos as vendas de jornais, revistas, livros etc deveriam retornar, bem como venda de água, refrigerantes e outros.

Com a requalificação das praças não ficaram sinais de que possa haver retorno de parte do comércio informal

De fato, apesar de todo o esplendor, chama atenção não haver nessa imensa área reformada um ponto comercial com estas características, como há em todos os espaços públicos do mundo.

A falta de uma definição preocupa também alunos e professores do Liceu Maranhense, pois o estabelecimentos de ensino, um dos mais tradicionais do Maranhão, está prejudicado com a feira no entorno, que atrai muita sujeira, poluição sonora etc. O odor é tão forte que chega a incomodar dentro das salas de aula, não bastasse o barulho tirar concentração das aulas.

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui