Maranhão terá 7 mil novos casos de câncer por ano, segundo estimativa do Inca

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AQUILES EMIR

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que o Maranhão deverá registrar 7 mil novos casos de câncer por ano, o que vai exigir do estado uma maior e melhor estrutura hospitalar no campo da Oncologia para cuidar desses casos. O alerta foi feito quinta-feira (31) por Antônio Jorge Dino Neto, vice-presidente da Fundação Antônio Jorge Dino, mantenedora do Hospital Aldenora Bello, ao discursar na solenidade em que a instituição foi homenageada na Assembleia Legislativa pelos seus 40 anos de atuação no trabalho de orientação, prevenção e tratamento do câncer, uma iniciativa do deputado Eduardo Braide (PMN).

No discurso, o executivo aproveitou a presença do secretário estadual de Governo, Antônio Nunes, para que ele transmitisse ao governador Flávio Dino (PCdoB)  um apelo a fim de ser dada uma atenção especial às emendas parlamentares que destinam recursos para a saúde, em especial para tratamento de câncer. Ele citou o exemplo do deputado Wellington do Curso (PP), que diz ter R$ 3 milhões destinados para este fim.

Para mostrar a dramaticidade desse quadro, Antônio Dino disse que hoje a fila de espera para tratamento radioterápico, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital Aldenora Bello, que conta com apenas duas câmeras, chega a mais de 800 pessoas, ou seja, muitos estão submetidos ao risco de nem iniciarem as sessões. A situação deve se amenizar a partir do próximo ano quando devem entrar em funcionamento mais três câmeras, uma resultado de convênio com o Governo do Estado, outra adquirida com recursos de uma emenda parlamentar do ex-deputado João Castelo (já falecido) e a terceira doada pela Vale por meio de um acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT).

Na solenidade da Assembleia, Antônio Dino com a presidente da Fundação, Enide Dine, os deputado Wellington do Curso e Eduardo Braide e o secretário estadual de Governo, Antônio Nunes

Com esse aumento para cinco, surge um novo problema na opinião do vice-presidente da Fundação, pois São Luís passará a ser  referência nesse tipo de atendimento pelo SUS e isto pode implicar no aumento da demanda de outros estados e do interior maranhense, ou seja, há o risco de se criar um novo estrangulamento em curto espaço de tempo. A saída seria a descentralização, o que a instituição já estuda, mas ainda não definiu em qual outro município poderá se instalar.

De acordo com Antônio Dino, a Fundação mantenedora do Aldenora Bello depende quase que exclusivamente dos repasses do SUS, que somam cerca de R$ 4,5 milhões mês, insuficientes para cobrir as despesas do hospital, que são de R$ 5 milhões. “Os R$ 500 mil aparecem por obra dividina”, disse ele, ao mencionar a sensibilidade que toca os corações dos doadores e voluntários.

O dirigente da fundação frisou que todos os anos vai de gabinete em gabinete na Câmara Federal em busca de apoio dos deputados maranhenses, prática, que admitiu, não haver na Assembleia, mas destacou que o deputado Eduardo Braide todos os anos procura a instituição para oferecer ajudar e sempre destina emendas a ela.

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