Maranhense tem a menor renda per capita do país, segundo dados do IBGE

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A Síntese de indicadores sociais (SIS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sexta-feira (15), revela que em 2016, entre os trabalhadores jovens, a formalidade passou de 58,7% (2012) para 58,4% (2016). Em Santa Catarina, 77,1% dos jovens ocupados tinham trabalhos formais, enquanto no Maranhão, o último colocado, essa formalidade chegava a apenas 30,1%.

A pesquisa mostra também que os maranhense têm a menor renda per capita do país, apenas R$ 716, enquanto a média brasileira é de R$ 1.270 e a nordestina, R$ 796. De acordo com o levantamento, esse rendimento médio em 2014 era de R$ 669 e passou em 2015 para os mesmos R$ 716 identificados em 2016, ou seja, em dois ano esse rendimento aumentou em apenas R$ 47.

Dentre os principais indicadores que atestam o alto estado de pobreza do maranhense destaca-se o índice do Banco Mundial, que considera pessoas em pobreza extrema aquelas que têm uma renda de 5,5 dólares por dia e o estado tinha em 2016, 52,4% com esse rendimento mensal, que corresponde a R$ 387,15.

O IBGE revelou ainda que 14,4% da população maranhense são privados de acesso a educação, 14,9% estão sem proteção social, 10,3% vivem em casas sem aparelhos sanitários, 36,2% sem saneamento básico, mas, em contrapartida, 24,2% têm acesso a internet.

Brasil – Os números da Síntese mostram que percentual de jovens brasileiros sem carteira assinada foi mais alto (22,1%) do que nos outros grupos etários. Entre jovens ocupados, 62,0% contribuíam para a previdência social. A maior parte dos jovens contribuintes eram empregados com carteira assinada (49,5%). Os jovens estavam inseridos principalmente em comércio e reparação (33,9%) e na indústria (28,7%).

Houve redução nas jornadas de trabalho excessivas (mais de 49h semanais) entre os jovens ocupados, de 12,4% (2012) para 8,2% (2016). Em 2016, 50,7% desse grupo trabalhava de 40 a 44 horas semanais e 29,8% trabalhavam até 39 horas.

Houve queda de 1,5% no rendimento médio real para jovens, que passou a ser de R$ 1.321. O grupo foi o único a ter rendimento menor que a média nacional (R$ 2.021). O percentual de jovens (16 a 29 anos) que nem estudavam nem estavam ocupados no Brasil (os chamados “nem nem”) aumentou de 2014 (22,7%) para 2016 (25,8%). Todas as regiões também tiveram esse aumento. O Amapá foi o único estado onde essa taxa caiu (de 30,8% para 28,5%).

Em 2016, a maior incidência de jovens que não estudavam nem estavam ocupados se encontrava entre jovens com o fundamental incompleto ou equivalente (38,4%). O percentual de jovens que não estudavam nem estavam ocupados em 2016 era maior entre aqueles de cor ou raça preta ou parda (29,1%) do que entre os brancos (21,2%). As mulheres pretas ou pardas foram o grupo mais afetado pelo fenômeno (37,6%).

A diferença entre o percentual de homens e o de mulheres que não estudavam nem estavam ocupados ficou em 13,7 p.p. As mulheres tinham, então, 1,7 vezes mais chances que os homens de se encontrarem nessa condição.

A diferença entre o percentual de homens não-estudantes e não-ocupados e o de mulheres na mesma situação se acentua nos grupos mais velhos. Entre homens de 25 a 29 anos de idade, 16,6% não estudavam nem estavam ocupados, enquanto entre mulheres da mesma faixa etária o percentual era de 34,6%.

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