Municípios querem destravar R$ 57 milhões sob guarda do Estado desde a privatização da Vale

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AQUILES EMIR

Reeleita presidente do Consórcio dos Municípios dos Corredores Multimodais (Comefec), a prefeita Karla Batalha Cabral Sousa (foto), de Vila Nova dos Martírios, diz que seu principal objetivo nos próximos dois anos, além da ampliação dos convênios com a Vale, proprietária da Ferrovia Carajás, e gestores das outras estradas de ferro (São Luís-Teresina e Norte-Sul) é destravar uma verba de R$ 57 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desde a privatização da Vale.

O dinheiro até hoje está sob guarda do Estado e de acordo com a prefeita, o governador Flávio Dino (PCdoB) já se manifestou a favor da liberação desses recursos, o que deve ser feito depois de resolvidos os embaraços burocráticos sobre sua destinação.

Karla Batalha diz que o dinheiro, quando for liberado, será destinado aos municípios para custear projetos, ou seja, não haverá divisão do volume pela quantidade de prefeituras, mas a aplicação em benefícios para a população.

Quanto ao modelo de partilha, ela disse que vai ser utilizado o mesmo critério da mineradora, que assume 50% de cada projeto e complementa uma ajuda proporcionalmente a extensão de trecho ferroviário em cada município, pois é essa dimensão da ferrovia que serve de base para estimar os impactos em cada município.

Desde que foi criado, o Consórcio já conseguiu diversos benefícios para os municípios na área de abrangência da Ferrovia Carjás, dentre eles abertura de poços artesianos, reformas de escolas, aquisição de ambulâncias e veículos para o Programa de Saúde da Família (PSF), recuperação de ruas e avenidas e diversos outros. O mesmo vai ser negociado com as empresas donas das outras estradas.

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Quando foi criado, o consórcio abrangia apenas a zona de influência da Carajás, mas houve uma mudança estatutária para que fossem juntados também os municípios que são cortados pelas ferrovias Norte-Sul, administrada pela Valec, e São Luís-Teresina, da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN). Apenas São Luís nunca quis entrar no consórcio, apesar de ser cortado tanto pela Carajás quanto pela São Luís-Teresina

Aos todo são 22 municípios estão na área de abrangência da Ferrovia Carajás: Açailândia, Alto Alegre do Pindaré, Anajatuba, Arari, Bacabeira, Bom Jardim, Bom Jesus das Selvas, Buriticupu, Cidelândia, Igarapé do Meio, Itapecuru Mirim, Itinga do Maranhão, Miranda do Norte, Monção, Pindaré-Mirim, Santa Inês, Santa Rita, São Francisco do Brejão, São Pedro da Água Branca, Tufilândia, Vila Nova dos Martírios e Vitória do Mearim.

Com a extensão das ações para as outras ferrovias, passam a integrar o consórcio Cantanhede, Pirapema, Coroatá, Codó, Caxias, Timon, Imperatriz e outros.

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