Ex-prefeito foi morto a mando do filho Júnior de Nenzim, que vinha roubando gado da família

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As investigações policiais sobre a morte do ex-prefeito de Barra do Corda Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim, tornam o caso ainda mais assustador, pois não resta dúvida de que foi crime por encomenda, só que o principal interessado na morte do político seria alguém bem próximo dele, seu descendente Manoel Mariano Filho, o Júnior de Nenzim, que estaria numa rota de colisão com o pai por conta de negócios numa das fazendas da família.

Júnior de Nenzim, também conhecido Vaqueiro da Barra, candidato a prefeito na eleição de 2016, estava com o pai no momento do crime, na manhã de quarta-feira (06). À Polícia, ele contou que os dois se dirigiam à casa de um advogado, onde iriam tratar do processo que pede a cassação do prefeito Eric Costa, que o derrotou nas urnas, e no caminho Nenzim pediu que parasse o veículo a fim de urinar, sendo que neste momento apareceram dois homens em uma moto e o garupa disparou duas vezes contra o pai.

A versão de Júnior de Nenzim intrigou a polícia porque ele nada sofrera, nem ameaça, portanto passou a ser um dos principais suspeitos, suposição que aumentou a partir do seu desaparecimento da cidade logo após o sepultamento do pai, daí o pedido de prisão à Justiça, que foi decertada pelo juiz Antônio Elias Queiroga Filho. Até a madruga desta sexta, ele ainda não havia sido encontrado.

Chamou atenção também da polícia, o fato de antes de levar o pai para o hospital, Júnior de Nenzim ainda foi a dois lugares diferentes, ou seja, não providenciou o socorro de imediato.

Ao Jornal Pequeno, o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, assegurou que a motivação do crime foi o fato de Júnior do Nenzim estar roubando gado do próprio pai. Mais de 500 reses haviam desaparecido, e ele sabia que o pai estava prestes a descobrir a venda não contabilizada desses animais.

Para complicar mais ainda a situação do principal suspeito, os autores do crime seriam dois vaqueiros que trabalham na fazenda da família – Luzivan e David – que já estão presos. O primeiro teria sido o autor dos disparos e o segundo providenciou a lavagem do veículo, uma picape Ranger, antes de passar pela perícia.

A limpeza do carro seria pelo fato de, ao contrário da versão de que o ex-prefeito foi morto enquanto urinava, na verdade sua execução se deu com ele no interior do veículo. “O ex-prefeito foi morto dentro do carro, e não fora”, garante o secretário Jefferson Portela. Um terceiro vaqueiro é procurado pela polícia.

Para o secretário, o crime está elucidado. Só falta a prisão de “Júnior do Nenzim”.

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