Obras na Estrada de São José de Ribamar já começam a dar sinais de envelhecimento

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Obra começa a dar sinais de envelhecimento e preocupa moradores do Maiobão, Forquilha, São Cristóvão

AQUILES EMIR

Recém-inaugurado, o trecho da MA 201 (Estrada de Ribamar), entre a Avenida Guajajaras e a Forquilha, onde há uma bifurcação com a MA 202 (Estrada da Maioba), começa a dar sinais de envelhecimento, o que preocupa moradores do Maiobão, Forquilha, São Cristóvão e comerciantes e clientes do Pátio Norte Shopping, que se utilizam dessas vias diariamente, pois os sinais de deterioração das vias indicam que os problemas podem se acentuar com o início da temporada de chuvas.

Na porta da TCM, veículos desviam dos buracos e passam sobre calçada

Quem viaja pela MA 201, do São Cristóvão (em São Luís) ao Maiobão (em Paço do Lumiar) percebe que a péssima qualidade dos serviços pode resultar numa volta dos problemas históricos de congestionamentos de trânsito nessas vias: o asfalto, além de ondulado, dá sinais de fadiga; as sinalizações horizontais e eletrônicas são precárias; e os buracos, ameaçadores.

No sentido São Luís – São José de Ribamar, o primeiro problema é identificado em frente à garagem da empresa da Transporte Coletivo Maranhense (TCM) e no lado oposto da Choperia Marcelo, onde um buraco já obriga os motoristas a passarem com seus veículos por cima da calçada.

Em frente à Igreja Nossa Senhora das Graças o asfalto já cedeu

Um funcionário da TCM, ao notar o trabalho da equipe de Maranhão Hoje, se aproxima e diz que o alerta sobre aquele problema foi dado dias depois da inauguração, no mês de julho, mas o que fizeram foi despejar uma carrada de pedra brita e ele está só aumentando. Segundo ele, o asfalto é tão frágil que não suporta o peso dos ônibus. Indagado sobre seu nome, ele responde com ironia: “Moço, conte a história e esqueça quem contou”.

A poucos metros desse ponto, do lado contrário (sentido São José de Ribamar – São Luís), outro buraco está se abrindo em frente à Igreja Nossa Senhora das Graças. Este fica numa curva, o que o torna mais ameaçador para os motoristas porque quando é observado fica difícil evitá-lo ou então, para desviar, pode ocorrer batidas com outros carros. O proprietário de um restaurante self-service diz que este é mais um exemplo de obra mal feita. “Falta de competência!”, desabafa.

Com sinal apagado, motoristas não sabem de quem é a preferencial

Sinalização – Os problemas vão se apresentando à medida que se avança na rodovia. Nas proximidades do Pátio Norte Shopping, por exemplo, há um sinal que não acende e uma faixa de pedestre que está se apagando, o que põe em risco a vida de motoristas e pedestres.

Como os semáforos não funcionam em nenhum dos sentidos, os condutores ficam a dúvida de quem é a preferencial, e isto sempre gera engarrafamentos. Já para os pedestres, a situação é mais complicada porque os motoristas passam em alta velocidade pelo sinal apagado e alguns nem conseguem enxergar a faixa exclusiva para quem está a pé.

Pedestre passa correndo sobre faixa que já começa a desaparecer

Outra precariedade na sinalização é a pintura das faixas que indicam a divisão das pistas. Em alguns trechos, a tinta, apesar de recém-colocada, está desaparecendo; em outros, já desapareceu. Um motoqueiro se aproxima do fotógrafo e grita: “Isso parece que foi pintado com cal”.

Realmente, é essa a impressão que fica ao se perceber que em menos de quatro meses ela não resistiu.

Em alguns trechos da rodovia, a tinta das faixas já está desgastada

A situação tende a piorar com a chegada da temporada de chuvas e com as proximidades das festas de Natal e Ano Novo, pois deve aumentar consideravelmente o tráfego de veículos nessa rodovia por conta das ofertas do shopping center. 

Orçamento – As obras de recuperação dessas vias e outras intervenções para melhorar o tráfego de veículos na área estão avaliadas em R$ 8 milhões.

Em outros trechos, a tintasumiu completamente: “uso de cal”, diz um motoqueiro

Segundo informação do secretário estadual de Infraestrutura, Clayton Noleto, foram feitos serviços de drenagem superficial e profunda, novo revestimento asfáltico, além de um retorno na Avenida Guajajaras e alterações na rotatória da Forquilha e na interseção da Maioba, a chamada Forquilhinha.

 

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