Odebrecht estranha multa do Procon por serviços em Raposa, onde ela não atua

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Em nota distribuída nesta sexta-feira (27), a Odebrecht Ambiental, responsável pelos serviços de água e esgoto de São José de Ribamar e Paço do Lumiar, manifesta surpresa por ter sido responsabilizada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) de vir prestando maus serviços na distribuição de água no município de Raposa, onde ela não atua. A empresa diz também que ainda foi notificada oficialmente pelo órgão sobre a aplicação de multa amplamente divulgada nos veículos de comunicação e pelas redes sociais.

Nesta sexta-feira (27), a Secretaria de Comunicação e Articulação Política (Secap) divulgou notícia na qual afirma que “o Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/MA) multou a Odebrecht Ambiental em R$ 433,5 mil por fornecer água imprópria para o consumo nos municípios de Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa”. Ocorre que a empresa só atua nos dois primeiros, ou seja, em Raposa a responsabilidade pelo abastecimentos de água e esgoto é do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAE).

De acordo com a nota da Odebrecht, “a empresa foi surpreendida pela acusação de falta de qualidade na água distribuída nos municípios de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, sendo que neste último a Odebrecht Ambiental não possui nenhuma atuação”.

Ainda de acordo com a nota, a concessionária de iniciativa privada estranhou também o fato do texto distribuído pelo Governo do Estado citar uma ação da Vigilância Sanitária realizada ainda em 2016 com amostras de água e análises de origem desconhecidas. Processo este que foi dado como encerrado pelo próprio diretor do órgão, Duarte Junior, em reunião realizada dia 09 de agosto de 2016 após a apresentação de análises realizadas pela Universidade Federal do Maranhão.

Resultado de imagem para água suja na torneira.caemaPela versão do Procon, no entanto, “a empresa chegou a contestar os resultados obtidos pela Vigilância Sanitária, alegando que tanto os laudos emitidos pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), quanto pela própria Odebrecht demonstram que a qualidade da água atende os padrões exigidos pelo Ministério da Saúde. Contudo, as áreas examinadas pela UFMA são diversas das que foram avaliadas pela Vigilância Sanitária”.

A Odebrecht diz que em agosto do ano passado, ao ser questionada sobre a qualidade da água distribuída a partir de análises apresentadas pela Vigilância Sanitária, enviou amostras de água da rede de distribuição à Universidade Federal do Maranhão – entidade idônea, isenta e com capacidade técnica para tal.

“Todos os laudos emitidos pela UFMA em 2016 atestaram que a água atende os mais rigorosos padrões de potabilidade exigidos pela legislação; e segundo as exigências de padrão internacional do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater e da NBR9898”, diz a nota.

(Com imagem de O Maranhense)

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