Max Barros anuncia desfiliação do PRP após entrada de Ricardo Murad

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Um dia após o anúncio da entrada do ex-secretário estadual de Saúde Ricardo Murad, ao PRP, o deputado Max Barros, líder do Bloco Independente na Assembleia, anunciou seu desligamento da legenda. De acordo com o deputado, essa é uma decisão que vem sendo amadurecida frente às mudanças proporcionadas pela Reforma Política, e não fez nenhuma relação da sua saída com a entrada de Murad.

Para o parlamentar, o Congresso teve uma grande oportunidade de realizar mudanças consistentes no modelo político-eleitoral ora em vigor, comprovadamente inadequado e proporcionando uma grave crise de representatividade em nosso país. O que ocorreu, entretanto, em seu entendimento, foi um arremedo da reforma, piorando, em alguns casos, a legislação existente.

Ele se posicionou firmemente contra o financiamento público de campanha. Disse ser inacreditável, neste momento de crise econômica, se retirar recursos da Educação, Saúde e Segurança e destinar R$ 2 bilhões para partidos enfrentarem campanha eleitoral.

O deputado também emitiu opinião contrária à manutenção do sistema eleitoral proporcional. Ele entende que a melhor solução seria a adesão ao modelo Distrital, em que os Estados seriam divididos em distritos, para escolha dos representantes nas Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e Câmara Federal. O líder do Bloco Independente entende que as campanhas seriam feitas em várias áreas geográficas menores, para uma população menor, aproximando muito mais os eleitores dos candidatos, dando-lhes oportunidade de conhecerem melhor os postulantes, ter mais identidade com seus representantes, além de propiciar campanhas mais baratas e com muito mais conteúdo.

Pontos positivos – Ainda sobre a Reforma Política, Barros afirmou que considerou positivas duas decisões. A primeira citada por ele foi a cláusula de barreira. Max Barros explicou que atualmente, para que os partidos permaneçam com direito aos recursos do fundo partidário e lideranças no Senado, Câmara e Assembleias, além de assentos em Comissões, a legenda precisará ter um percentual mínimo em 9 estados, em todo país. Segundo o parlamentar, que avalia a regra de forma positiva, a tendência é a de diminuir significativamente o numero de partidos.

Sobre as coligações, que serão proibidas a partir de 2020, o deputado diz que essa decisão também tem caráter positivo, visto muitas vezes, o objetivo das coligações é o de apenas eleger os candidatos, mas que, a partir de agora, os partidos terão que mostrar sua própria ideologia e isso facilitará a avaliação da população.

Diante desses aspectos, o deputado Max Barros ressaltou estar ciente das dificuldades de seu atual partido preencher todos os requisitos necessários para poder exercer com plenitude suas atribuições após as eleições de 2018.

Portanto, tomou a decisão de se desligar do PRP, ponderando que irá verificar as implicações internas na Assembleia que a mudança ocasionará.

 

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