
- DEENA BEASLEY
- Repórter da Reuters
Médicos dos Estados Unidos (EUA) e outros membros da comunidade científica estão pedindo a publicação dos dados que convenceram os reguladores da área da saúde do país a autorizar o uso emergencial do medicamento antiviral remdesivir, da Gilead Sciences, para tratar a covid-19, para assim direcionar os recursos limitados às pessoas certas.
O diretor executivo da Vanda Pharmaceuticals, Mihael Polymeropoulos, publicou na quarta-feira (20) carta aberta pedindo o download completo das conclusões dos testes que levaram à autorização emergencial do uso, concedida pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês).
“E se o medicamento for mais indicado para pessoas no início do ciclo infeccioso? Se estivermos administrando a pessoas com doença grave – seja por compaixão natural – podemos estar desperdiçando o remédio”, disse o CEO à Reuters.
Ele disse que a Vanda, que está desenvolvendo um medicamento anti-inflamatório para a covid-19, busca utilizar seu expertise.
O uso emergencial do remdesivir, aprovado pela FDA no dia 1º de maio, é baseado em resultados preliminares de um teste clínico do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA (Niaid), que mostrou que o medicamento reduziu o número de diárias hospitalares em 31%, ou cerca de quatro dias, comparado com um placebo.
Nenhum outro detalhe do teste, feito com 1.063 pacientes, foi publicado. O instituto disse, por email, que um relatório sobre os testes seria publicado em algumas semanas. A Gilead não informou quando.
Mordomo – Wilson Roosevelt Jerman, que trabalhou na Casa Branca com 11 presidentes dos Estados Unidos, morreu aos 91 anos, depois de ter contraído covid-19, anunciou a família.
O homem, que começou a trabalhar como empregado de limpeza quando era presidente Dwight Eisenhower (1953-1961), foi rapidamente promovido a mordomo na era Kennedy (1961-1963), e aposentou-se em 2012, durante o mandato de Barack Obama (2009-2017).
“Com a sua amabilidade e cuidado, Wilson Jerman ajudou a fazer da Casa Branca um lar durante décadas para várias primeiras famílias, incluindo a nossa”, disse a ex-primeira dama Michelle Obama. “O seu serviço aos outros – a sua vontade de ir mais além pelo país que amava e por todos aqueles cujas vidas tocou – é um legado digno do seu espírito generoso”, acrescentou.
Hillary Clinton também transmitiu condolências à família, através do Twitter, elogiando a capacidade de Jerman de fazer as famílias de vários presidentes “sentirem-se em casa”.
O ex-presidente George W. Bush e Laura Bush prestaram tributo ao antigo mordomo, considerando-o “um homem adorável”. “Ele era a primeira pessoa que víamos de manhã quando saíamos da residência e a última pessoa que víamos à noite quando regressávamos”, escreveu o casal.
(Agência Brasil com informações da Reuters)