
O presidente Michel Temer participou nesta terça-feira (04) da abertura do Brazil Investiment Fórum, em São Paulo. Após falar sobre as reformas no país, o presidente pediu aos participantes – líderes empresariais, investidores nacionais e internacionais – que disseminem a importância das reformas para o Brasil.
“Os senhores são ouvidos que podem repercutir aquilo que aqui ouviram e se convenceram, por isso quero dizer que nada nos destruirá da nossa agenda da transformação, nada nos afastará da nossa disposição ao diálogo e de nosso sentido de responsabilidade social e fiscal”.
No dia em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou o julgamento da chapa Dilma-Temer, o presidente afirmou que está tranquilo quanto ao resultado. “Aguardo com tranquilidade o julgamento, o TSE fará aquilo que for melhor e o que for compatível com o Direito, tenho absoluta convicção disso”, disse em coletiva após participar de almoço com investidores.
Sobre a lei que libera a terceirização para todas as atividades das empresas, Temer admitiu a possibilidade de alterações. “Se houver necessidade alguma alteração, nós faremos, porque a última coisa que o governo quer é prejudicar o trabalhador. Ao contrário, quando se pensa na terceirização, num momento com milhões de desempregados, é exatamente para incentivar o emprego”. A lei divide as opiniões de entidades patronais, centrais sindicais e representantes da Justiça trabalhista.
Durante a abertura, o presidente enfatizou que tem buscado o diálogo para mudar o Brasil. “Nós adotamos uma palavra-chave, a palavra diálogo, especialmente entre o Legislativo e o Executivo. Governa-se com disposição para ouvir e construir pontes, as medidas de maior interesse para o país têm sido aprovadas com a urgência que a situação requer e com a urgência que o país precisa”.
Ele afirmou ainda que recebeu sugestões e observações de diversas lideranças que ouviu pela manhã no 9º Global Child Forum on South Americae também no Brazil Investiment Fórum, evento organizado pelo Bradesco que acontece até amanhã (5) em um hotel da zona sul a da capital paulista.
O presidente citou também a importância da reforma previdenciária. “A reforma da previdência é vital para as contas do governo, o déficit é de quase [R$] 150 bilhões. Negar o déficit é recorrer a uma falsa realidade”. Temer afirmou ainda que tem conversado com o Congresso sobre a reforma. “Estamos fazendo adequações, nós temos que realizá-la para aprová-la, não queremos ditatorialmente impor esta ou aquela regra, queremos sim ter a compreensão da absoluta necessidade dessa reforma. Com diálogo estamos sensibilizando o Congresso e a sociedade”.
Aidna sobre a reforma da Previdência, ele completou dizendo que “se rebelam aqueles que são exatamente os mais privilegiados no sistema e se insurgem contra a ideia de que todos devem se aposentar com o mesmo critério etário e fazem uma campanha muito assoberbada”.
O presidente também disse aos investidores que a recessão tem sido superada. “Nossa agenda da transformação é abrangente e profunda. Reforma é a palavra de ordem em 2017”.
(Agência Brasil)