
Crise deixa 42% da população na pobreza; taxa de desemprego é de 10,2%
Milhares de argentinos saíram às ruas de Buenos Aires neste sábado (07) em protesto contra a falta de empregos e a pobreza, em um país que sofre há anos com a crise econômica, intensificada pela pandemia de coronavírus.
A manifestação começou na na avenida Rivadavia, no auge da Liniers. De lá, eles marcharam para a Plaza de Mayo. Esse foi o local escolhido para a leitura de um documento conjunto das organizações convocatórias.
A mobilização causou caos no trânsito no centro de Buenos Aires, com dezenas de ônibus ocupando várias pistas da Avenida 09 de Julho.
Organizações de desempregados e grupos de esquerda encabeçaram o protesto que começou em uma igreja a oeste da capital argentina, para onde peregrinam anualmente milhares de pessoas para pedir por emprego no santuário de San Cayetano – patrono local do trabalho -, terminando na Praça de Maio, em frente à sede do governo.
“Venho pedir pelas pessoas que não têm trabalho: meu irmão não tem, meus vizinhos ficaram sem trabalho e muita gente que vemos que está mal de todas as formas”, disse Néstor Pluis, auxiliar escolar de 41 anos.
A Argentina busca crescer 7% em 2021 para deixar para trás uma recessão com inflação alta iniciada em 2018, que foi agravada pela quarentena decretada com a pandemia de covid-19. A crise deixou 42% da população na pobreza, com uma taxa de desemprego de 10,2%.
(Agência Brasil com informações da Reuters e fotos do Clarin)