Mineradora da Bahia ganha leilão da Ferrovia Oeste-Leste e retoma obra com investimento de R$ 3,3 bilhões

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Concessão tem expectativa de gerar 55 mil empregos diretos e indiretos

A Bahia Mineração S/A (Bamin) será a concessionária de 537 quilômetros da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) no trecho ferroviário entre Ilhéus e Caetité, na Bahia. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (08), após realização do leilão de subconcessão na B3, em São Paulo (SP), pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra), por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Na visão do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, a iniciativa para conceder ao setor privado 28 ativos de infraestrutura, já é um sucesso. “Emblemático fazer leilão de ferrovias. Nunca se fez tanto em ferrovias e um dos nossos objetivos é justamente o reequilíbrio da matriz de transporte. Estamos diante do projeto mais transformador da Bahia”, afirmou, após a revelação do lance do vencedor.

Única a participar do leilão, a Bamin passa a ser responsável pela finalização do empreendimento e operação do trecho 1, em uma concessão que vai durar 35 anos. Ao todo serão investidos R$ 3,3 bilhões, sendo que R$ 1,6 bilhão será utilizado para a conclusão das obras, que estão com 80% de execução. Esses investimentos também vão contribuir para a criação de 55 mil empregos entre diretos, indiretos e efeito-renda ao longo da concessão.

A expectativa é de que o trecho 1 da Fiol entre em operação em 2025, transportando mais de 18 milhões de toneladas de carga. Em dez anos, esse volume deve mais que dobrar, superando os 50 milhões de toneladas em 2035.

Operação – O traçado da Fiol 1 atravessará as cidades de Ilhéus, Uruçuca, Aureliano Leal, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Itagi, Jequié, Manoel Vitorino, Mirante, Tanhaçu, Aracatu, Brumado, Livramento de Nossa Senhora, Lagoa Real, Rio do Antônio, Ibiassucê e Caetité, todas na Bahia.

A ferrovia será o modal de transporte para cargas como minério de ferro, alimentos processados, cimento, combustíveis, soja em grão, farelo de soja, manufaturados, petroquímicos e outros minerais.

No início das operações, 16 locomotivas e 1,4 mil vagões estarão em operação, dos quais, pelo menos, 1,1 mil serão destinados ao escoamento de minério de ferro. Em 10 anos, a expectativa é chegar a 34 locomotivas e 2.600 vagões.

Fiol – O Governo Federal também trabalha nos projetos para concessão dos outros dois trechos: a Fiol 2, entre Caetité e Barreiras/BA, com obras em andamento, e a Fiol 3, de Barreiras a Figueirópolis/TO, que aguarda licença de instalação por parte do Ibama.

A Fiol será um corredor de escoamento com 1.527 quilômetros de trilhos, ligando o porto de Ilhéus, no litoral baiano, ao município de Figueirópolis, ponto em que ela se conectará com a Ferrovia Norte-Sul e o restante do país.

Para o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, concessão iniciativa privada de 28 ativos de infraestrutura, já é um sucesso.

Infra week – O último leilão da Infra Week ocorre nesta sexta-feira (9) quando serão concedidos à iniciativa privada cinco terminais portuários. São quatro terminais de líquido no Porto de Itaqui, no Maranhão, importantes para a logística de distribuição de combustível no Nordeste; e um no Porto de Pelotas, no Rio Grande do Sul, destinado à madeira.

Na quarta-feira (07), foram leiloados 22 aeroportos divididos em três blocos. A arrecadação total chegou a R$ 3,3 bilhões, com investimento garantido de R$ 6,1 bilhões previstos. São previstos R$ 2,85 bilhões no bloco Sul, R$ 1,80 bilhão no Central e R$ 1,48 bilhão no Norte.

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