Governador do Amazonas afirmou que o problema é o transporte até o estado
O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (15) que conseguiu oxigênio para abastecer o atendimento de 61 bebês prematuros que estão internados em Manaus (AM). A cidade vive desde a semana passada uma crise em razão da falta de oxigênio para a utilização no tratamento tanto de pacientes com covid-19 quanto de outras doenças.
De acordo com o Ministério da Saúde, foram obtidos cilindros para os bebês suficientes para 48 horas.
A ajuda foi uma demanda do governo do estado diante da incapacidade de garantir o atendimento para essas crianças. A pasta, contudo, não explicou se os cilindros já começaram a ser usados ou quando serão disponibilizados.
De acordo com o Ministério da Saúde, também foi articulada, juntamente a outros estados e municípios, a disponibilização de 56 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), faltando ainda cinco para atender todos os bebês.
A pasta afirmou que prestará apoio logístico caso seja decidido pela remoção das crianças. Segundo a última atualização do governo estadual, 235 pacientes serão transferidos para oito capitais brasileiras.
Em suas redes sociais, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), afirmou que o problema é o transporte do oxigênio até o estado.
“O nosso problema hoje não tem a ver com a falta de recursos ou falta do produto no mercado nacional, mas em fazer com que esse oxigênio chegue ao Amazonas. A maneira mais rápida de chegar é através de avião, mas as únicas aeronaves que podem fazer isso são da Força Aérea Brasileira, e mesmo assim ainda trazem pouca quantidade, em razão da sua capacidade e do risco que é o transporte desse produto”, declarou.
Empenjo – O governador ressaltou que tem buscado soluções junto ao Comitê de Resposta Rápida – Enfrentamento Covid-19, composto pelos Governos do Estado, Federal e Municipal, para manter o abastecimento de oxigênio nas unidades de saúde. Wilson Lima explicou que o transporte aéreo é o principal meio para garantir a celeridade no envio dos insumos.
“Hoje nós estamos empenhados em garantir que todas as unidades tenham oxigênio para atender aquelas pessoas que estão hospitalizadas. O nosso problema hoje não tem a ver com a falta de recursos ou falta do produto no mercado nacional, mas em fazer com que esse oxigênio chegue ao Amazonas. A maneira mais rápida de chegar é através de avião, mas as únicas aeronaves que podem fazer isso são da Força Aérea Brasileira, e mesmo assim ainda trazem pouca quantidade, em razão da sua capacidade e do risco que é o transporte desse produto”, explicou o governador Wilson Lima.
A Força Aérea Brasileira (FAB) desembarcou, na madrugada desta sexta, 6 mil litros de oxigênio líquido da empresa White Martins, fornecedora do Governo do Estado. A carga, oriunda de São Paulo, veio em seis isotanques de mil litros e vai ser distribuída nos hospitais da rede estadual pela manhã.
(Agência Brasil com informações do Governo do Amazonas)