Ministério Público constata irregularidades no Centro de Tratamento ao Idoso de São Luís

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A Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Idoso de São Luís vistoriou, nesta quarta-feira (31 de maio), o Centro de Atenção Integral à Saúde do Idoso (Caisi), localizado no bairro Filipinho, onde constatou uma série de irregularidades.

Criado há 11 anos, o Caisi presta atendimento diário a centenas de idosos. Ao todo, estão cadastradas no local 17 mil pessoas. Segundo a direção do estabelecimento, são oferecidos atendimentos médico e psicológico, além de serviços de terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, geriatria, acupuntura, pilates, entre outros.

Trabalham no prédio 90 profissionais, entre médicos, enfermeiros e terapeutas e demais funcionários. Na atualidade, a unidade é dirigida por Maria Goreth Cunha Bandeira.

O Ministério Público do Maranhão vai aguardar o envio dos laudos de todas os órgãos que participaram da inspeção para tomar as medidas cabíveis, com o objetivo de solucionar os problemas encontrados.

Além de integrantes do MP, participaram da vistoria representantes da Defensoria Pública, Conselho Estadual dos Direitos do Idoso do Maranhão (Cedima), Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Vigilância Sanitária, Associação Nacional de Gerontologia, dentre outros.

Confira as principais deficiências constatadas no local:

  • No centro, que é de responsabilidade da Prefeitura de São Luís, foram constatados problemas estruturais, falta de segurança, quantidade insuficiente de profissionais e escassez de equipamentos. Inclusive, alguns serviços e terapias não estão sendo oferecidos, em razão da falta de instrumentos.
  • Não há mais portas nas áreas externas do prédio, o que compromete a segurança da unidade. As louças dos banheiros estão desgastadas e as descargas não funcionam. Só existem cinco cadeiras de rodas e quase todas estão danificadas. Há, ainda, carência de medicamentos básicos.
  • A piscina está impossibilitada de uso. No momento da inspeção, estava cheia, com água suja; um único segurança cuida de uma grande área que inclui três prédios. Há relatos de ocorrências de assaltos dentro e no entorno do estabelecimento.
  • Sobre a escassez de profissionais, o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) informou que realizou, em 2015, uma inspeção no local, quando constatou a existência de quatro enfermeiros e seis técnicos de enfermagem trabalhando no centro. Em março de 2017, uma nova fiscalização foi realizada, atestando que o número de profissionais havia diminuído para dois enfermeiros e quatro técnicos.
  • “O que percebemos é que há uma sobrecarga de trabalho. O número de profissionais é insuficiente para prestar atendimento a idosos de todo o estado, que diariamente recorrem ao Caisi”, enfatizou o promotor de justiça José Augusto Cutrim Gomes, que coordenou a inspeção.
  • O representante do MPMA ressaltou que o projeto inicial previa a implantação pela Prefeitura de oito unidades do Caisi em São Luís. No entanto, depois de uma década, somente um centro foi inaugurado.

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