Defensoria Pública realiza audiência sobre impactos de acordo com os EUA em Alcântara

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Os possíveis impactos socioambientais e a violação aos direitos das comunidades tradicionais de Alcântara, que podem ser causados pelo acordo assinado recentemente para o uso do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), serão discutidos em audiência pública que será realizada pela Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA), nesta quarta-feira (10), no referido município.

Além dos representantes da DPE/MA, o subdefensor-geral Gabriel Furtado, o defensor público Marcos Cesar da Silva Fort e a ouvidora-geral da DPE, Márcia Maia, a audiência também contará com a presença de representantes da Defensoria Pública da União (DPU) no Maranhão e das comunidades quilombolas, por meio do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Alcântara (Sintraf).

Na ocasião, serão debatidas as consequências da permissão concedida aos Estados Unidos para lançarem satélites, com fins pacíficos, da base de Alcântara, para as comunidades que ali residem há diversas gerações.

Desde a criação do CLA, o processo de expropriação das terras quilombolas já atingiu milhares de famílias de matriz africana, provocando um agravamento da pobreza e graves prejuízos à cultura dessas comunidades. Com o novo acordo para uso do centro, as famílias temem que seja realizada a expansão da área do CLA e o consequente massacre de suas tradições e sua gente.

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