Motoristas fazem greve de advertência na sexta e ameaçam deixar São Luís sem ônibus segunda

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AQUILES EMIR

Em assembleia geral realizada na manhã desta quarta-feira (24), motoristas, cobradores e fiscais que operam no Sistema de Transporte Coletivo da capital decidiram fazer uma paralisação de advertência na sexta-feira (26) e ameaçam uma paralisação geral, a partir de segunda (29), caso não avancem as negociações com a categoria patronal para reajuste de salários e dos benefícios a que têm direito, bem como para evitar o que consideram uma ameaça de demissão em massa com adoção de um novo modelo de cobrança das passagens.

Segundo o presidente do Sindicato dos Motoristas, Isaías Castelo Branco, os donos das empresas estão irredutíveis não decisão de não reajustar os salários dos trabalhadores e ainda pedem redução da cobertura do plano odontológico e congelamento do ticket alimentação. Os trabalhadores pedem um aumento de 12%, percentual que cobriria as perdas com a inflação e garantia de um aumento real nos salários.

Diante dessa recusa dos patrões, os motoristas e cobradores deverão fazer, sexta-feira, uma paralisação das 04h às 08h e a partir das 15h até às 18h, decisão que pode ser revista se até à tarde desta quinta-feira (25), caso seja enviado a contraproposta das empresas para abertura de uma nova negociação.

A permanecer a intransigência dos empregadores, adverte Castelo Branco, na segunda-feira São Luís deve amanhecer sem ônibus e a paralisação será por tempo indeterminado.

Demissões – Isaías Castelo Branco diz que outro ponto crítico nas relações de patrões e empregados é a ameaça de uma demissão em massa no Sistema de Transporte, já que as empresas estão se preparando para operarem sem cobradores, ou seja, o passageiro vai utilizar apenas cartão para passar na catraca.

Para o sindicalista dos trabalhadores, isto vai criar uma sobrecarga de trabalho para os motoristas, que terão de passar troco se a passagem for paga em dinheiro, além da demissão de centenas de cobradores que não terão como ser deslocado para outra atividade.

O sindicato das empresas ainda não se pronunciou, tampouco a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte diante desta ameaça dos trabalhadores.

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