
A movimentação de dinheiro atípica do ex-assessor e ex-motorista do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) Fabrício José Carlos de Queiroz foi confirmada pelo Ministério Público. Fabrício foi citado em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
De acordo com o relatório, o policial militar teria movimentado, de janeiro de 2016 a janeiro de 2017, R$ 1,2 milhão. Uma das transações, um cheque de R$ 24.000 foi destinado à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O documento é fruto do desdobramento da Operação Furna da Onça, ligada à Lava Jato no Rio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, que revelou o caso nesta 5ª feira (6.dez).
A Furna da Onça foi deflagrada há 1 mês e prendeu 10 deputados estaduais e 6 funcionários da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). O ex-governador do Rio Sérgio Cabral é 1 dos alvos da operação, que investiga 1 esquema de compra de apoio político de deputados cariocas, lavagem de dinheiro, loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada em órgãos da administração estadual.
No início da tarde, Flávio Bolsonaro se manifestou no Twitter sobre o caso. Afirmou que: “Fabricio Queiroz trabalhou comigo por mais de 10 anos e sempre foi da minha confiança”.
Ministério Público – O MPF divulgou nota na tarde desta quinta-feira (06) confirmando a existência do relatório do Coaf. O Ministério Público disse ainda que não chancela a divulgação de trechos do documento “exceto se a movimentação relatada pelo Coaf, após examinada com rigor por equipe técnica, revelar atividade financeira ilegal”.
A nota ainda explica que “como o relatório relaciona um número maior de pessoas, nem todos os nomes ali citados foram incluídos nas apurações, sobretudo porque nem todas as movimentações atípicas são, necessariamente, ilícitas. A íntegra do documento foi juntada aos autos para confirmar que não houve edição após envio pelo Coaf”.
O documento faz parte da operação da Polícia Federal Furna da Onça.