Na Tailândia, papa Francisco pede cooperação em questões de migração

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O papa Francisco se encontrou, quinta-feira (21), segundo dia da visita à Tailândia, com o premiê Prayut Chan-o-cha. Em discurso feito depois do encontro, o papa tratou de questões como refugiados e migração, ponto central de sua missão. A Tailândia é conhecida como um destino importante de refugiados e migrantes, bem como de vítimas de tráfico humano.

“Expresso a esperança de que a comunidade internacional atue com responsabilidade e visão do futuro, trabalhe para solucionar questões que levaram a esse trágico êxodo e promova uma migração segura, ordenada e regulamentada”, afirmou.

Francisco se reuniu também com o líder supremo do budismo tailandês em um templo na parte central de Bangcoc. Ele manifestou o desejo de aprofundar o diálogo entre a Igreja Católica e os budistas. Pediu ainda cooperação na solução de questões como pobreza e meio ambiente.

O papa Francisco deverá deixar a Tailândia com destino ao Japão neste sábado (23).

Papa Francisco, Tailândia

Visita – Francisco visitou o templo Wat Pho, em Bangcoc, para se encontrar com o patriarca supremo dos budistas tailandeses. Ele defendeu que as religiões sejam faróis de esperança e fraternidade.

No segundo encontro oficial da visita à Tailândia, Francisco entrou no templo budista, construído em 1860, e saudou o patriarca Somdej Phra Maha Muneewng, de 92 anos, que conheceu por ocasião de uma visita ao Vaticano, em novo passo no diálogo com representantes dessa Igreja.

Tal como os monges budistas, o papa e toda a delegação tiraram os sapatos para entrar no templo e, em seguida, na sala principal, onde foram feitos os discursos.

Francisco afirmou que o encontro pretende “acrescentar não só o respeito, como a amizade” entre as duas religiões, o que serve de exemplo num mundo em que “se criam e propagam divisões”.

“Quando temos a oportunidade de nos reconhecermos e de nos valorizarmos, inclusive nas nossas diferenças, oferecemos ao mundo uma palavra de esperança capaz de animar e apoiar aqueles que são sempre prejudicados pela divisão”, defendeu.

O papa destacou “a importância de que as religiões se manifestem cada vez mais como faróis de esperança, enquanto promotoras e garantes da fraternidade”.

Ele pediu que entre os fiéis das duas religiões sejam desenvolvidas “novas imaginações de caridade, capazes de gerar e aumentar iniciativas concretas no caminho da fraternidade, especialmente com os mais pobres e em referência à nossa tão maltratada casa comum”.

Durante o dia, o papa visitou ainda o maior hospital católico do país, São Luís, fundado há 120 anos.

Mais tarde, Francisco vai reunir-se com o rei da Tailândia, numa visita totalmente privada, e vai celebrar missa no estádio de futebol da capital tailandesa.

O papa iniciou nessa quarta-feira (20) em Bangcoc visita de três dias à Tailândia, primeira etapa de uma viagem pela Ásia que também inclui o Japão.

(Agência Brasil, com informações de NHK, emissora oficial do Japão)

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