Rodoviários ameaçam deixar Ilha de São Luís sem serviço de transporte coletivo

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Patrões, empregados e poder público não chegam a consenso

AQUILES EMIR

São Luís e os demais municípios da Ilha – São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa – devem amanhecer nesta segunda-feira (17) sem transporte público, diante d fracasso nas negociações entre patrões e empregados das empresas de ônibus. Sexta-feira (14) foi realiza a primeira audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), medida pelo desembargador Luiz Cosmo, da qual participaram, além de empregados e patrões, representantes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) e da Agência de Mobilidade Urbana (MOB). 

Rodoviários e empresários não chegaram a um entendimento, e o sindicato patronal (SET), novamente, alegou não ter condições financeiras de atender as demandas dos trabalhadores e não apresentou uma contraproposta concreta.

Por outro lado, Município e Estado também não chegaram a um consenso com os empresários, no sentido de acabar com o impasse, por meio de subsídios para compensar a falta de reajuste nas tarifas.

Vale destacar que a Prefeitura de São Luís é responsável pelo sistema da capital, enquanto as demais linhas, chamadas de interurbanas, são administradas pelo Governo do Estado, por meio da MOB.

Marcelo Brito diz que rodoviários ainda aguardam uma proposta dos patrões (Sindicato dos Rodoviários/divulgação)

“Infelizmente, saímos dessa conciliação, mais uma vez, sem uma contraproposta. Diante dessa postura dos patrões, não nos resta outra alternativa, que não seja deflagrar a greve. O movimento está mantido e deve acontecer já nas primeiras horas de segunda-feira (17)”, afirma Marcelo Brito, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão.

Reivindicação – A categoria dos rodoviários pede um aumento de 15% nos vencimentos de todos os trabalhadores, com exceção dos motoristas de ônibus que operam sem cobrador, para os quais a solicitação é de 25% de reajuste.

Atualmente, o salário base dos rodoviários está assim distribuído:

  • Motorista: R$ 2.575,00
  • Cobrador: R$ 1.488,00
  • Fiscal: R$ 1.531,00

Além disso, os trabalhadores recebem um tíquete alimentação de R$ 800,00 e têm direito a um plano de saúde, mas a reivindicação é para haja elevação no tíquete alimentação para R$ 1.300,00 para todos os funcionários, e para R$ 1.500,00 no caso dos motoristas que operam sem cobrador. Outra exigência é a ampliação do plano de saúde, permitindo a inclusão de dois dependentes.

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