
AQUILES EMIR
Ao discursar na manhã desta sexta-feira (16), na abertura do Feirão do Imóvel (Fastimóvel), que está sendo realizado no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, no bairro do Cohafuma, o governador Flávio Dino (PCdoB) lamentou a crise econômica que afeta o país, e consequentemente o Maranhão, mas disse que “não vamos sentar no meio-fio para lamentar a crise”, ou seja, pediu reação do empresariado para superar as dificuldades.
Segundo ele, o governo vem fazendo a sua parte, seja com controle de gastos, política fiscal eficaz para aumento da receita estadual e estimulando os eventos que possam proporcionar o desenvolvimento dos negócios, sejam eles urbanos ou rurais.
O governador deu este tom após ouvir do representante da Caixa Econômica Federal, Antônio Nairton, as justificativas para a não realização este ano, em São Luís, do Feirão da Caixa, realizado em 12 outras capitais, e que no Maranhão movimentou ano passado mais de R$ 400 milhões. Segundo ele, a política de contingenciamento da instituição impediu a repetição do evento em 2017.
Antes de Nairton, o presidente da Federação das Indústrias (Fiema), Edilson Baldez, falou da necessidade das empresas se desfazerem dos seus estoques de imóveis, daí porque acha que o feirão pode ser uma grande alternativa para essa rotatividade, até porque muitas pessoas estão a procura de uma moradia própria e podem encontrá-la a preços e condições especiais de pagamento no evento.
Para Flávio Dino, as palavras dos seus antecessores mostram quanto é preocupante o momento e citou o caso do Rio de Janeiro, que enfrenta uma das maiores crises financeiras do Brasil, estando com sua universidade estadual paralisada, os serviços de restaurantes populares suspensos, salários dos servidores em atraso e até registros de funcionários pedindo ajuda à população em semáforos. “Estamos falando de uma das maiores economia do País”, frisou para mostrar quanto o Maranhão tem sido beneficiado pela sua política de austeridade nos gastos e aumento das receitas próprias.

O governador destacou que somente de transferências federais o Maranhão já perdeu mais de R$ 1 bilhão, mas mesmo assim o Estado continua operando tranquilamente, com servidores em dia, investimentos em infraestrutura, educação, saúde e outros setores, além de vir estimulado a produção.
Para ele, isto mostra que não vale a pena ficar apenas lamentando a crise, mas enfrentá-la. O diálogo com os empresários e os dirigentes empresariais, como observou, tem sido outro modo de estimular a produção, acabando com justificativas que em nada ajudam a melhorar a situação, como é o caso da polêmica que envolve a Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) e as construtoras sobre retardos na autorização para novos lançamentos, que ele prometeu resolver através de conversas diretas, em vez de troca de ofícios.
O governador elogiou o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon), Fábio Nahuz, pela iniciativa do evento, e disse estar convencido de que os participantes vão ter bons retornos. Pelas estimativas do Sinduscon, nos três dias, o Fastimóveis deve movimentar mais de R$ 300 milhões, porém espera no domingo apresentar um balanço com números bem maiores.