Demanda por bens industriais tem alta de 2,4% no trimestre encerrado no mês de julho, segundo Ipea

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Produção destinada ao mercado nacional cresceu 0,8%

A demanda por bens industriais teve crescimento de 2,4% no trimestre móvel encerrado em julho, aponta o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na comparação com junho, o avanço foi de 2,1%. De acordo com o indicador, a produção interna destinada ao mercado nacional, os bens nacionais, cresceu 0,8% e as importações de bens industriais aumentaram 9,8% em julho.

O acumulado de doze meses também é positivo. Na comparação com julho de 2021, a demanda por bens industriais cresceu 1,9%. “Os destaques positivos do mês de julho ficaram por conta dos segmentos farmoquímicos e da demanda de outros equipamentos de transporte, que engloba a produção de aviões, plataformas de petróleo e embarcações”, explica Leonardo Carvalho, pesquisador do Ipea.

Desempenho por categoria – Na análise do trimestre móvel encerrado em julho, os grupos econômicos de bens de capital e de consumo, semi e não duráveis, tiveram variação positiva. Quando analisado o mês de julho especificamente, o cenário é levemente diferente. A demanda por bens de capital retrocedeu pelo segundo mês consecutivo, com recuo de 2%, e os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis tiveram variação positiva, com altas de 2,1% e 2,8%, respectivamente.

Os bens de capital são bens intermediários necessários para a produção de outros bens e mercadorias, como equipamentos e instalações. Já os bens de consumo são os produtos finais, que completaram o ciclo de produção e são utilizados pelos indivíduos. Os de consumo duráveis são aqueles que podem ser utilizados por períodos longos, como automóveis, móveis, eletrodomésticos, e os não duráveis são os destinados à utilização imediata, como os alimentos.

“Essa questão ligada ao consumo de bens industriais, sobretudo relacionado à importação de bens semifaturados ou de bens intermediários, que foi de alguma forma foi ajudado pelo comportamento da moeda americana no mês de julho apresentou queda, fez com que houvesse ajustes na demanda industrial. É o que nós podemos observar no trimestre encerrado em julho”, avalia o economista César Bergo.

Para Bergo, há otimismo para o setor industrial até o final de 2022. “A perspectiva para o ano é positiva. O setor industrial vem melhorando seu desempenho, sobretudo em determinadas áreas, e isso é importante para geração de emprego e de renda de qualidade. Aguardamos que, em função desses números, haja recuperação do setor industrial no segundo semestre e que a contribuição dele para o setor econômico seja muito positiva”, conclui.

(Fonte: Brasil 61)

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