Número de empregados no setor privado sem carteira cresceu
O Maranhão é estado com menor índice de trabalhadores com carteira assinada, mas em compensação com aparece como um dos têm maior percentual de autônomos. É o que revela Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD) do terceiro trimestre deste ano, divulgada nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
De acordo com o levantamento, no período pesquisado, 74,1% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, contra 75,3% no terceiro trimestre de 2017, uma diferença de -327 mil pessoas. As Regiões Nordeste (58,7%) e Norte (60,7%) tinham os menores percentuais e a Região Sul (83,4%), o maior. Entre os trabalhadores domésticos, 28,9% tinham carteira de trabalho assinada. No mesmo trimestre do ano passado a proporção era de 29,7%.
Entre as unidades da Federação com os maiores percentuais de trabalhadores com carteira assinada, Santa Catarina (88,4%) aparece em primeiro lugar, seguido do Rio Grande do Sul (82,8%) e São Paulo (81,1%), enquanto os menores ficaram com Maranhão (51,1%), Piauí (54,1%) e Paraíba (54,9%).
Ainda de acordo com o IBGE, o número de empregados no setor privado sem carteira assinada cresceu 4,7% em relação ao trimestre anterior, um incremento de 522 mil pessoas. Frente a igual período do ano passado, esse aumento foi de 5,5% (601 mil pessoas). As maiores proporções foram no Maranhão (48,9%), Piauí (45,9%) e Paraíba (45,1%), e as menores em Santa Catarina (11,6%), Rio Grande do Sul (17,2%) e (18,9%).
Percentual de ocupados com carteira assinada no setor privado por Unidades da Federação – no terceiro trimestre de 2018 | |
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Maranhão | 51,1 |
Piauí | 54,1 |
Paraíba | 54,9 |
Pará | 55,2 |
Bahia | 57,5 |
Ceará | 57,7 |
Roraima | 57,8 |
Sergipe | 60,1 |
Rio Grande do Norte | 61,4 |
Acre | 62,3 |
Tocantins | 62,4 |
Alagoas | 65,2 |
Pernambuco | 65,4 |
Rondônia | 65,9 |
Amazonas | 67,7 |
Amapá | 68,0 |
Espírito Santo | 71,8 |
Goiás | 71,9 |
Minas Gerais | 73,0 |
Mato Grosso do Sul | 77,9 |
Mato Grosso | 78,0 |
Rio de Janeiro | 80,0 |
Paraná | 80,4 |
Distrito Federal | 80,8 |
São Paulo | 81,1 |
Rio Grande do Sul | 82,8 |
Santa Catarina | 88,4 |
Fonte: PNAD Contínua |
Autônomos – A população ocupada, no terceiro trimestre deste ano, estimada em 92,6 milhões de pessoas, era composta por 67,5% de empregados (incluindo empregados domésticos), 4,8% de empregadores, 25,4% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,4% de trabalhadores familiares auxiliares.
Nas Regiões Norte (32,4%) e Nordeste (29,0%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado nas demais regiões. Por Unidades da Federação, os maiores percentuais de trabalhadores por conta própria foram do Pará (34,6%), Maranhão (33,8%) e Amazonas (33,0%), enquanto os menores ficaram com o Distrito Federal (19,4%), São Paulo (21,4%) e Santa Catarina (22,1%).
Percentual de pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas como conta própria. por Unidades da Federação – 3º trimestre de 2018 | |
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Distrito Federal | 19,4 |
São Paulo | 21,4 |
Santa Catarina | 22,1 |
Minas Gerais | 22,9 |
Mato Grosso do Sul | 23,1 |
Espírito Santo | 24,1 |
Rio Grande do Sul | 24,5 |
Rio Grande do Norte | 24,5 |
Paraná | 25,1 |
Mato Grosso | 25,4 |
Goiás | 25,5 |
Alagoas | 26,0 |
Roraima | 26,3 |
Tocantins | 26,8 |
Rio de Janeiro | 27,2 |
Paraíba | 27,8 |
Pernambuco | 27,9 |
Ceará | 28,7 |
Sergipe | 28,8 |
Rondônia | 29,2 |
Acre | 29,4 |
Bahia | 29,4 |
Amapá | 31,5 |
Piauí | 31,9 |
Amazonas | 33,0 |
Maranhão | 33,8 |
Pará | 34,6 |
Fonte: PNAD Contínua |
Desocupados – No que se refere aos desocupados, o percentual no Brasil foi de 11,9%. Este indicador apresentou redução em relação ao segundo trimestre de 2018 (12,4%) e ao terceiro trimestre de 2017 (12,4%).
O Nordeste apresentou as maiores taxas de desocupação, tendo registrado 14,4%. A Região Sul teve a menor taxa (7,9%). Frente ao segundo trimestre de 2018, as regiões Sudeste (de 13,2% para 12,5%) e Centro-Oeste (de 9,5% para 8,9%) apresentaram queda na taxa de desocupação.
As maiores taxas de desocupação entre as unidades da federação foram Amapá (18,3), Sergipe (17,5%) e Alagoas (17,1%). As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (6,2%), Mato Grosso (6,7%) e Mato Grosso do Sul (7,2%). A do Maranhão ficou em 13,7%.
Taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por Unidades da Federação – 3º trimestre de 2018 | |
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Santa Catarina | 6,2 |
Mato Grosso | 6,7 |
Mato Grosso do Sul | 7,2 |
Rio Grande do Sul | 8,2 |
Rondônia | 8,6 |
Paraná | 8,6 |
Goiás | 8,9 |
Minas Gerais | 9,7 |
Tocantins | 9,8 |
Ceará | 10,6 |
Paraíba | 10,7 |
Pará | 10,9 |
Espirito Santo | 11,2 |
Brasil | 11,9 |
Piauí | 12,3 |
Distrito Federal | 12,6 |
Rio Grande do Norte | 12,8 |
Acre | 13,1 |
Amazonas | 13,1 |
São Paulo | 13,1 |
Roraima | 13,5 |
Maranhão | 13,7 |
Rio de Janeiro | 14,6 |
Bahia | 16,2 |
Pernambuco | 16,7 |
Alagoas | 17,1 |
Sergipe | 17,5 |
Amapá | 18,3 |
Fonte: PNAD Contínua |