Suzano investe na instalação de usina de papel higiênico em Imperatriz

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AQUILES EMIR

Anunciada em 2015, a fábrica de papel tissue (higiênico) que a Suzano vai instalar em Imperatriz terá suas obras iniciadas em novembro deste ano, segundo informação do gerente de Relações Institucionais e Jurídicas da empresa, Flávio Moura Fé, que esta semana firmou acordo com o governo do estado para construção de quatro estabelecimentos de ensino que irão substituir estruturas de taipa e palha pelo programa Escola Digna. De acordo com o executivo, a unidade terá uma produção anual de 60 mil toneladas, sendo 30 em bobinas e a outra metade em rolos.

Flávio Moura diz que a Suzano não está criando uma marca de papel para atuar no mercado varejista, mas se tornando fornecedora, seja de empresas que já estão no mercado ou dos supermercados que querem criar marcas próprias, como fazem as grandes. O papel a ser produzido no Maranhão será comercializado tanto internamente quanto em outros estados, e uma das unidades da Federação que devem ser mais abastecidas é o Amazonas, de onde poderá ser levado a outros lugares, dentro e fora do Brasil.

A entrada da Suzano visa a atender uma demanda em constante crescimento. Ano passado, foram consumidas no Brasil 800 mil toneladas do produto e a expectativa é que haja aumento de 5% este ano, mas nas regiões Norte e Nordeste esse crescimento deve ser ainda maior. “Com a fabricação de bobinas no Maranhão, a Suzano se aproxima dos mercados mais promissores, com unidades integradas, produto de qualidade e custo competitivo, em especial na questão de logística, já que grande parte das bobinas é hoje produzida no Sul e Sudeste do país”, diz Flávio Moura.

O executivo informou ainda que a empresa deve ampliar, a partir de 2018 sua plataforma para produção de celulose, o que deve elevar sua produção das atuais 1,5 milhão de toneladas/ano para 1,650 milhão, ou seja, 150 mil toneladas a mais. Com a ampliação da estrutura atual e a fábrica de papel higiênico deve aumentar em mais de mil o número de empregos, que hoje é de 5,4 mil, na indústria, nas fazendas para plantio de eucalipto e outras atividades, como, por exemplo, geração de energia.

Social – Em contrapartida aos seus investimentos no estado, a Suzano apresentou quarta-feira (24) um projeto para construção de quatro estabelecimentos de ensino pelo Programa Escola Digna, do Governo do Estado, nos municípios de Açailândia, Buriticupu, Sítio Novo e Urbano Santos. O investimento será de R$ 2,5 milhões e vai atender 750 alunos dos ensinos infantil e fundamental nos quatro municípios. Além das quatro escolas, a empresa está anexando a cada uma delas uma biblioteca, que poderá ser utilizada por toda a comunidade e ainda poderá ser utilizada para ensino de adulto, com aulas noturnas.

De acordo com o projeto, as construções devem começar em julho e a empresa promete entregar todas essas escolas no mês novembro, ou seja, em menos de quatro meses todas estarão prontas e poderão ser utilizadas a partir do próximo ano letivo. O curto prazo de execução será possível porque a empresa, em vez de transferir os recursos, optou por ela própria contratar as construtoras, tendo se baseado apenas nos custos apresentados pelo estado, que poderiam ser bem mais baixo se ela própria fizesse a cotação de preço.

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