Neto Evangelista e Duarte Júnior trocam farpas na TV Guará no debate de quinta-feira

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Apesar de pertencerem ao “consórcio” do Palácio dos Leões, eles disputam segundo lugar nas pesquisas

AQUILES EMIR

Os candidatos Neto Evangelista (DEM) e Duarte Júnior (Republicanos), mesmo pertencendo ao “consórcio” criado para que os seis candidatos provoquem um segundo turno e o escolhido para a segunda rodada receba o apoio dos demais, mostraram no debate da TV Guará, nesta quinta-feira (05), que está difícil aproximá-los. No primeiro confronto, logo no primeiro bloco, trocaram ofensas.

Neto tentou desconstruir a proposta do adversário, dizendo que se forem aplicados os recursos que Duarte pretende destinar ao auxílio municipal, em substituição ao Auxílio Emergencial, não daria R$ 16,00 por pessoa. Duarte, em resposta, lembrou que Neto reclamava quando recebia 18 salários de deputado, pois achava pouco, conforme entrevista ao Fantástico da Rede Globo.

Neto também lançou uma dúvida sobre a fonte dos recursos para sustentação do auxílio municipal, pois sendo “o garoto mídia”, certamente não diminuirá as verbas publicitárias da Prefeitura, pois carecerá de exposição.

O candidato Sílvio Antônio (PRTB) também provocou seus adversários. No confronto com Eduardo Braide, questionou o porquê de agora considerar o marco regulatório do saneamento básico bom, mas ter votado contra na Câmara Federal.

Ao deputado Rubens Júnior (PCdoB), que criticou o alto índice de desemprego no governo de Bolsonaro, lembrou que o Maranhão é o campeão em número de pessoas fora do mercado de trabalho, no que foi contestado porque o estado teve um dos melhores desempenhos em geração de empregos em setembro, segundo dados do Caged.

Rubens Júnior (E) frente e frente com Sílvio Antônio

Caema – No segundo bloco, o tema Caema voltou à tona, desta vez no confronto entre Neto Evangelista (DEM) e Eduardo Braide (Podemos), quando o democrata, mais uma vez, quis saber o que o concorrente fez quando presidiu a estatal em 2005. Braide disse que se impressiona com o fato de os candidatos do “consórcio” só criticarem a Caema de 15 anos atrás e nada dizem sobre o que ela faz hoje.

Um outro momento aguardado para geração de novas polêmicas, foi amenizado pela estratégia de Braide, que ao ficar frente a frente com Rubens Júnior, um dos seus maiores críticos, rendeu homenagens ao seu pai, Rubens Pereira, por estar se recuperando da infecção de coronavírus, e aí emendou uma pergunta sobre o que o comunista pretende fazer na área de Saúde.

Restou a Rubens elogiar o Hospital da Ilha de Flávio Dino e prometer melhorar os Socorrões I e II administrados pela Prefeitura.

No terceiro bloco, os sorteios de confronto não contribuíram para novos acirramentos, e o momento em que muitos imaginavam que o deputado Yglésio Moisés (PROS) poderia repetir o que vem afirmando nas redes sociais sobre abuso de poder político do candidato Rubens, as perguntaram suscitaram outros debates, inclusive a passagem de Jair Bolsonaro pelo Maranhão, mês passada.

Os candidatos do PSTU e PSol, Hertz Dias e Professor Fraklin, respectivamente, valorizaram mais questões sobre discriminação de negros, gays e lésbicas. Sílvio Antônio (PRTB) se apresentou como aliado do presidente Jair Bolsonaro.

Bira do Pindaré (PSB) e Jeisael Marx (Rede Sustentabilidade) tiveram participação discreta.

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