Nicolás Maduro sinaliza que pretende continuar no poder na Venezuela

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Venezuela's President Nicolas Maduro attends a rally in support of his government and to commemorate the 61st anniversary of the end of the dictatorship of Marcos Perez Jimenez next to his wife Cilia Flores in Caracas, Venezuela January 23, 2019. Miraflores Palace/Handout via REUTERS ATTENTION EDITORS - THIS PICTURE WAS PROVIDED BY A THIRD PARTY

Ao comandar exercícios militares nesta segunda-feira (28), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, demonstrou que está disposto a continuar no poder e não atender à manifestação feita por parte da comunidade internacional para reconhecer a legitimidade de Juan Guaidó como interino e promover novas eleições no país.

“Estamos preparando os exercícios mais importantes da história da Venezuela porque vamos demonstrar o poder militar de Forças Armadas com capacidade operacional, combate e defesa”, disse o presidente que é também o comandante-em-chefe do Exército.

Os exercícios militares foram realizados ontem (27) em Fuerte Paramacay, na região de  Naguanagua, no estado de Carabobo, sob comando de Maduro. O venezuelano promete repetir as atividades até fevereiro.

Europeus – No último dia 26, os governos da Espanha, Alemanha e da França se manifestaram a favor de Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela que se autoproclamou presidente interino do país em substituição a Nicolás Maduro.

Pelo Twitter, o presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que a “o povo venezuelano deve decidir livremente seu futuro”, e que a França pode reconhecer Guaidó como presidente enquanto não são realizadas novas eleições para resolver o impasse político na Venezuela.

Em pronunciamento oficial, o primeiro-ministro da Espanha (presidente de governo), Pedro Sánchez, estabeleceu prazo de oito dias para que Maduro convoque “eleições justas, livres, transparentes e democráticas”.

Segundo a porta-voz do governo alemão, Martina Fietz, “se as eleições não forem anunciadas no prazo de oito dias, a Alemanha está pronta para reconhecer Juan Guaido como presidente interino”.

Durante a semana, a União Europeia já havia manifestado apoio às novas eleições e à Assembleia Nacional da Venezuela. Brasil, Argentina, Colômbia, Canadá e Estados Unidos já reconheceram Guaidó como presidente.

Papa – Neste domingo (27), o papa Francisco, que participa da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Panamá, pediu que seja tomada uma solução justa e pacífica para a crise na Veneuzuela.

“Aqui no Panamá, tenho pensado muito sobre o povo venezuelano, a quem me sinto particularmente unido ultimamente”, afirmou o papa. “Peço ao Senhor que busque e alcance uma solução justa e pacífica para superar a crise, respeitando os direitos humanos e desejando exclusivamente o bem de todos os habitantes do país.”

Aliados – México, Cuba, Irã e Turquia declararam apoio a Maduro. Rússia e China divulgaram manifestações incisivas contra qualquer intromissão externa na política venezuelana.

Maduro governa a Venezuela desde 2013, foi reeleito em pleito em 2018 sob suspeição. Ele diz que há um  “golpe midiático” contra a Venezuela, promovido pelos Estados Unidos.

(Agência Brasil)

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